domingo, outubro 04, 2015

José Vilhena, um Símbolo da Liberdade


José Vilhena é um dos maiores símbolos da liberdade do mundo do jornalismo e da literatura popular, pois conseguiu ser perseguido (e preso...) durante a ditadura e durante a democracia, apenas porque não colocava qualquer "freio" na sua criatividade. 

Conheci-o bastante cedo, graças aos pequenos livros eróticos, que um dos meus tios comprava e às vezes deixava-os à vista, sempre com umas capas quase "picantes" para a época (ainda durante a ditadura) e para um puto de sete oito anos.

Após o 25 de Abril  criou a "Gaiola Aberta", uma revista satírica, que teve em Mário Soares um dos seus principais motivos de inspiração - o seu rosto presta-se bastante à caricatura -, assim como os restantes actores políticos dos anos setenta, pois nunca lhe faltou inspiração para retocar o quotidiano.


Depois da "Gaiola Aberta" editou "Fala Barato", "O Cavaco", "O Moralista", além de dezenas de livros com histórias eróticas alegres.

Em 2002 a "Editorial Notícias" (fonte das imagens) editou um álbum que lhe faz justiça e que nos mostra um artista que não fez apenas caricaturas, organizado por Rui Zink.

José Vilhena deixou-nos ontem, mas estou certo que a sua obra perdurará (pelo menos a pós-25 de Abril), pois oferece-nos um retrato muito peculiar de uma época especial.

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