domingo, setembro 27, 2015

Viagem em Itália


O segundo canal da RTP está a exibir um ciclo de filmes de Roberto Rossellini nas noites de sábado.

Graças à tecnologia tenho-os visto depois. Ontem foi exibido a  "Viagem a Itália"  (que nunca tinha visto, ao contrário de "Roma, Cidade Aberta", "Paisá, Libertação" e "Stromboli"), Curioso, acabei por o ver hoje de manhã (até fiz um intervalo a meio para ir à rua...).

A ideia de que "somos quase italianos e muito pouco espanhóis", torna-se ainda mais evidente ao olhar estes filmes. 

A primeira vez que fiquei com essa sensação foi quando fiz o "inter-rail" em 1985 e percorri uma boa parte de Itália de comboio, mas com paragens e visitas a Roma, Milão, Florença, entre outros lugares de culto (não apreciei a beleza de Veneza por estar a chover a sério nesta bela cidade em pleno Agosto...).

Faço esta afirmação com o olhar preso na fisionomia de Itália e dos italianos. Se esquecermos a língua, sentimos-nos em casa.

Voltando à "Viagem em Itália", é um filme quase vulgar, que consegue retratar muito bem a vida de um casal (quando os desencontros quase se revelam fatais...), graças a dois extraordinários actores, George Sanders e Ingrid Bergman.

No cinema o divórcio foi salvo por um "milagre". Não o da Santa que ia a passar na procissão, mas o de um homem e de uma mulher, que num momento de maior tensão, conseguiram perceber tudo o que estava em causa, tudo o que tinham a perder.

Embora não tenha lido qualquer crítica ao filme (nem escutado com atenção a apresentação de Lauro António), esta foi a mensagem que recebi de Rossellini: muitas vezes podemos ser nós a fazer "milagres" na vida, basta perdermos o orgulho e dar voz ao coração. Ao dizer isto até pode parecer que o filme é "lamechas". Mas é tudo menos isso...

2 comentários:

  1. Obrigado Lauro António!

    A nossa televisão é uma miséria, uma porca miséria, é só concursos de xaxa cujos mentores são atrasados mentais, apresentados por atrasados mentais; e assim se vai educando e formando um povo, não bastava já esse boletim cultural que todo o português que se preze lê (em qualquer café se pode ler à borla), esse autêntico lixo que é o correio da manhã. Só a RTP2 nos apresenta alguma programação de jeito, o resto é lixo, absoluto lixo, mas creio que isto não é só cá, a Europa (e não só) está dominada por esta gente que teima em vergar-nos, que teima em sugar-nos, que teima em manter-nos analfabetos (e eles gostam, o chato sou eu) que teima em impingir-nos esta maldita ideologia ultra liberal, importada não sei donde (mas sei por quem).

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    1. É verdade, Severino.

      (já não consigo ver notícias e em relação às outras coisas, não vejo...)

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