sexta-feira, dezembro 18, 2009

Nem Tanto ao Mar Nem Tanto à Terra

Os "profetas da desgraça" do regime não param, desdobrando-se em entrevistas, aqui e ali. Depois de Medina Carreira foi agora a vez de António Barreto...

Gosto bastante de o ler, mesmo que nem sempre concorde com o que diz.
Mas acho que desta vez ela passou todas as marcas, ao dizer que a justiça era melhor no anterior regime que neste nosso tempo.
Melhor em que aspecto? Mais justa? Não, de maneira nenhuma. Quanto muito seria mais rápida porque as pessoas tinham medo dos tribunais e dos juízes e só lá entravam em última instância (caminhamos para aí...).
O António esqueceu-se dos muitos atropelos, das pessoas que eram presas sem culpa formada (e não estou a falar apenas de presos políticos). Alguns polícias no regime fascista achavam-se no direito de prender quem lhes apetecesse, apenas porque sim. E alguns juízes, de condenar, pelas mesmas razões, porque sim...
E nem vou falar das diferenças constitucionais. Provavelmente temos uma Constituição que é das mais justas e igualitárias do mundo.
Claro que a justiça está em crise e é injusta, pela forma desigual como trata as pessoas, embora este peso seja definido mais pela "habilidade" dos advogados em fintar a lei, que propriamente pelos juízes (embora se perceba pelas suas decisões, tornadas públicas, que há muitos que escolheram a profissão errada)...


O óleo é "Narcissus" de Caravaggio, próprio para quem se acha muito bom, esquecido de que também já foi governante, e nem sempre com resultados brilhantes...


8 comentários:

  1. O problema é que as coisas são capazes de estar pior do que pensamos.

    E se o Medina, o Barreto e o Pacheco têm razão, Luís?

    beijinhos

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  2. quanto a mim, vive-se o pior momento de justiça em portugal, com tantos casos que se prolongam por 5 e 7 anos nos tribunais, muitos deles redundando em impunidade, o que é aflitivo...

    um beijo, luís*

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  3. Há mais, muito mais, para o Natal doque luz de vela e alegria;
    É o espírito de doce amizade que brilha todo o ano.
    É consideração e bondade, é a esperança renascida novamente, para paz, para entendimento, e para benevolência dos homens.
    É o nascimento de Jesus!
    Muitas flores, muitos sorrisos e muita paz no coração!
    Beijos... sempre!

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  4. Claro que têns toda a razão no que diz respeito à justiça de outros tempos. Garanto-o, na 1ª pessoa.
    Mas precisamente por se exigir uma atitude democraticamente mais madura, se exige que ela seja melhor. Concordo, com a tua apreciação na continuidade do post, quase integralmente Luís.

    _____

    beijos

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  5. é uma possibilidade, Alice.

    não gosto do Cavaco, mas ele tem razão quando diz que o casamento gay está longe de ser uma das grandes prioridades do país...

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  6. claro que vive, o problema é que esta confusão faz as delicias de muitos advogados e criminosos importantes, Alice...

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  7. sem dúvida, Carmem...

    Boas Festas

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  8. vamos ver se o Alberto Martins conseguirá mudar o rumo das coisas, Maré...

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