O primeiro dia de Dezembro, de há trezentos e sessenta e nove anos, foi acima de tudo um dia de Liberdade, para Portugal e para os Portugueses.
Muitos dos que falam de uma "União Ibérica" conhecem mal o espanhóis e ainda menos os portugueses.
Para mim, bastaram-nos aqueles 60 anos de jugo espanhol, em que perdemos tanta coisa... no entanto não desistimos de ser portugueses e conseguimos a tão desejada independência.
Na segunda metade do século XVI, apesar de alguma decadência, ainda éramos uma das grandes potências mundiais. Tudo isso Espanha nos levou, usando-nos quase como carne de canhão para as suas "guerras", destruindo a nossa Armada...
Não voltámos a ser quem éramos, não aproveitámos muitas das oportunidades que tivemos. Além de vários reis de triste memória, ainda recebemos a triste combinação de sal com azar (Salazar)...
E mesmo com um Abril luminoso, nunca mais nos erguemos. De dependência em dependência, ainda buscamos a nossa identidade, com uma certeza, que vem do tempo de Viriato: apesar da proximidade geográfica, Lusitãnea é completamente diferente de Ibéria.
E porque o 1º de Dezembro de 1640 foi um dos vários dias da Libertação, que tivemos ao longo da nossa história, nada como este "25 de Abril" de Nikias Skapinakis, para colorir as minhas palavras.
nunca tinha pensado nessa junção das duas palavras...
ResponderEliminarNão sei se vem daí( tempo da ocupação espanhola) este desencontro connosco mesmos,mas é um facto que os últimos séculos nos retiraram qualquer coisa genética. mas daí a uma união, só nos "enganos" de alguns.
___
beijos Luís
subscrevo a maré e detenho.me naquilo que ,realmente ,temos - a nossa identidade ..... tudo o mais é o desassossego do Pessoa
ResponderEliminar.
um beijo
De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento é uma patetice absurda.
ResponderEliminarCom a integração na Comunidade Europeia, o quadro institucional das relações entre Portugal e Espanha (Afinal o único vizinho!) está estável e para durar.
A ideia de que o nosso quotidiano seria melhor se nos integrássemos numa suposta Ibéria não tem pés nem cabeça.
O que Portugal tem de resolver é o dilema de crescer sem se desenvolver (Sempre que cresce).
Esse é o nosso verdadeiro problema.
Um abraço
"de sal com azar (Salazar)..."
ResponderEliminarO Sr. Luís anda inspirado!...:)
Beijos*
também não, Maré, até desmontar a palavra...
ResponderEliminarpode ser coincidência, mas parece que perdemos qualquer coisa...
um agradável desassossego, Gabriela...
ResponderEliminartambém, JPD...
ResponderEliminare é dificil de perceber porquê...
de vez enquanto, acontece, M. Maria Maio...
ResponderEliminar