Quando era "rapazote", ainda sem responsabilidades familiares, gostava de me perder pelos bairros mais castiços de Lisboa. Isso acontecia em parte por ter alguns amigos que tinham a mania que cantavam o fado, além de um duo especial que costumava levar na bagagem a guitarra e a viola, sempre prontos a animar qualquer tasca que se prezasse.
Do Bairro Alto a Alfama, eram poucos os retiros populares onde se exercitava a voz, que eu não conhecesse, assim como uma série de cromos típicos de uma Lisboa que quase já não existe, que tem sido engolida por outras ondas musicais, mais barulhentas e modernistas. Eu limitava-me a observar todo aquele ambiente castiço, onde apareciam vários fadistas de ocasião, que "trabalhavam a bagaço" e a outras bebidas fortes baratas...
Foi por isso que não resisti a tirar esta fotografia, no coração de Alfama...
olha, eu não é por Lisboa, de tão raras que as minhas passagens são por essas bandas, mas por aqui também sei desse "cheirinho" tenho um amigo que além de ser um excelente conhecedor da capital, (estudou aí)e conhece essa típica faceta da cidade, tem um dom especial para a viola.Canta o Zeca, o Zé Mário e muitos outros em tardes à beira ria, acompanhado-as de pitorescos relatos.
ResponderEliminarbeijos
E esse era o fado que eu "tragava", o fado espontâneo e incerto quase sempre muito mariavista mas que vinha de dentro de quem o cantava e que se enrolava pelas vielas e pelas esquinas.
ResponderEliminarFizeste-me ficar com um veuzinho de saudade.
"quando eu era rapazote
ResponderEliminarlevei comigo no bote
uma varina atrevida
namorei e gostei dela
e logo me atrelei a ela
p'ro resto da minha vida"
"sou do tempo" ( ehehehehe ) do Zé Viana cantando este fado canção que acho se adapta muito bem a este teu post
.
um beijo
e no "Pote", na av. joão XXI antigamente...
ResponderEliminaragora ainda vai acontecendo, nalguns locais, mesmo na nazaré!
terra de artistas, grandes artistas!
beijinhos
Tenho saudades desses tempos...
ResponderEliminarBeijos, Luís M.
conheci esse fado quando ainda não era moda, Maré, e gostava de ver aquela gente a cantar, uns com mais talento, outros menos, mas sempre com estilo e olhos fechados...
ResponderEliminarum fado que nos deixava sempre espantados, pelo ar de improviso, pelo "grão na asa", etc, Helena...
ResponderEliminarele caricatura muito bem estes fadistas, Gabriela.
ResponderEliminarsim, corre mundo, este fado castiço, Gaivota.
ResponderEliminarsim, Nazaré é espaço de artes...
tenho saudades de alguns tempos, de algumas pessoas, não todos nem todas, M. Maria Maio...
ResponderEliminarE bom recordar a infancia e a juventude!!!
ResponderEliminarse é, Chris...
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