«Sabes porque existe o Natal?»
Foi isto que ele disse, sem me dar hipótese de dar qualquer resposta. Ripostou de imediato:
«Porque nós existimos, os pobres e desgraçadinhos, para uma vez por ano, os ricos lembrarem-se que existimos e fingirem que são boas pessoas e que têm muita pena de nós.»
Antes que eu abrisse a boca, concluiu:
«São tão "bonzinhos" que até nos levam para os seus lares, oferecem-nos banho, roupa lavada e a consoada. E em alguns casos até caminha. Os ricos pensam mesmo que são uns gajos porreiros, então no Natal são porreirissimos!»
E virou-me as costas...
A foto é de Eduardo Gageiro. As palavras são minhas e não passam de pura ficção. Qualquer semelhança com a realidade, é apenas coincidência...
Antes fosse coincidência, Luís...
ResponderEliminarAbraço-te
Apesar de tudo...
ResponderEliminarFeliz Natal, são os nossos votos,
L&E,
um abraço.
O mal é que não é coincidência. A realidade. Um abraço e, malgré tout, um bom Natal.
ResponderEliminarDos ricos não sei, mas conheço muita boa gente, rica ou não, que se lembra deles, dos 'pobrezinhos' durante todo o ano.
ResponderEliminarduro este .. mas com ponta de verdade que arrasa a coincidência .. contudo, como diz e bem a Patti .. há os outros.
ResponderEliminarsim, também há os outros.
ResponderEliminarmas a generalidade dos ricos, faz para comodamente expurgar as, muitas, culpas. áh e porque é "bem"dar a mãozinha ao coitadinho.
e "qualquer semelhança com a realidade, é apenas coincidência..."
um beijo Luís
"Porque nós existimos, os pobres e desgraçadinhos, para uma vez por ano, os ricos lembrarem-se que existimos e fingirem que são boas pessoas e que têm muita pena de nós."
ResponderEliminarPlena SABEDORIA!!
Não é preciso ser Natal para nos lembrarmos dos outros... para mim Natal é todo o ano...
Um post muito oportuno! Grata por ele.
Beijinhos ;)
Gostei muito do comentário da Patti, que não conhecia e verifico ser uma amante de fotografia.
ResponderEliminarFaço minhas as suas palavras.
Tu que já me conheces, calculas porquê:)
Bom Natal, Luís.
não resisti em deixar-te o que escrevi este data, como por norma o faço, embora não publique no meu blog, pois o que escrevi é fruto de brincadeiras minhas com palavras. mas lembro-me de quem estende a mão 364 dias por ano e têm um só dia que é recordado. é com eles que estou todos os dias. só assim sei o que é natal
ResponderEliminartrazem os homens um natal nos braços
vêem contentes a azafama do dia,
enfeitado por fora.
esse natal chega frio,
sem sabor, carregado de mofo
vem vazio, insignificante, falso nas alegrias
é um natal sem nascimento,
feito de palavras enfeitadas
onde o sumo da harmonia não brota.
um natal esvaziado de amor
há terror em rostos desconhecidos
onde fundiram a doçura das crianças.
o sopro do natal é árduo
defronte dos dias concêntricos.
as luzes sumptuosas
amarram o inacessível.
.
as brasas crepitam
na alegria das casas,
como multiplicação gloriosa
de rituais calcinados,.
os nomes desmanchados ou ocos,
iluminam as linhas que sobram
de um mundo despido de afectos
ficou a frase por dizer, ficou a música
por nascer ao ritmo de um qualquer natal!
l.maltez
que continue a ser todos os dias natal, onde os afectos sejam uma realidade
beijinho para ti Luís e um abraço meu
lena
sim, Maria...
ResponderEliminarFeliz Natal E e L.
ResponderEliminartambém penso isso, Helena...
ResponderEliminarnão conheço assim tanta gente, boa, Patti.
ResponderEliminaros exemplos que colho na rua, são os de afastamento e distância...
e vivam esses outros, Once, que tentam fazer a diferença...
ResponderEliminartambém penso dessa forma, Maré...
ResponderEliminaré apenas um acto de caridade para ficarem bem com o mundo e com o padre da paróquia, no Natal...
era bom que fosse assim, MM.
ResponderEliminarque olhássemos para os outros, todos os dias do ano...
Ana, infelizmente esta é a época rainha da hipocrisia.
ResponderEliminarem todos os sentidos...
só assim é Natal, Lena...
ResponderEliminare as tuas palavras são sempre bonitas.