sábado, março 08, 2008

A Mulher neste Mundo Desigual

Há homens que acham extremamente injusto que a mulher tenha um Dia só dela e que eles continuem “ignorados”. Se por um lado a maioria não passa mesmo de uma "cambada" de brincalhões, existem outros que levam a coisa mesmo a sério e não se rendam a estas homenagens, nem sequer com uma flor.
Nem tão pouco recuam no tempo e pensam que isso aconteceu porque houve uns senhores inteligentes, que não só perceberam o injusto da questão, como também acharam que ao oferecerem um dia à mulher, não iria ser o fim do mundo. A maior parte delas iriam ficar extremamente vaidosas e não se preocupariam com os restantes dias do ano (nessa altura contentavam-se com pouco..). Ao fim de contas eles ainda ficavam com 364 dias...
Agora falando a sério, a realidade mostra-nos um mundo ainda tão desigual, onde se finge que a mulher tem as mesmas oportunidades, embora a afastem, sempre que podem dos lugares verdadeiramente importantes, da política, das empresas, das associações, etc.
Mas onde sinto que a mulher é mais discriminada é no mundo das religiões. E nem sequer estou a pensar nas "Arábias", basta percebermos que na Igreja Católica não há lugar para "madres" (no verdadeiro sentido da palavra), só para padres...

A pintura que vos ofereço é de Diego Rivera, e tem muito a ver com este dia da Mulher, apesar das flores, ela continua nua e de costas...

27 comentários:

  1. Tens razão, ainda é difícil ser Mulher.

    Beijos Luis M.

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  2. Olá Luis.
    Obrigada pela visita ao meu jardim.
    É engraçado ver "as costas" desta mulher de Diego Rivera.
    Gosto muito de pensar as costas como problema filosófíco (e poético). Já tentei uma vez, na Botânica, mas continua a martelar-me continuamente, e estou a pensar escrever outro.

    Obrigada por me relembrar da importância das costas.

    Um abrço

    Joana

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  3. A pintura é lindissima e é verdade que infelizmente ainda não estamos em pé de igualdade com os homens, muito também por educação ancestral das próprias mulheres que ainda criam os homens para serem diferentes.
    Falo de poleiro porque tenho dois filhos homens que eduquei de tal forma que têm um comportamento em relação ao feminino sem sombra de superioridade ou machismo, chegando mesmo o meu mais velho e ser muito boa dona de casa, enquanto o outro cativa sobremaneira as mulheres pela forma como as trata de igual para igual sem nunca fazer jogo de galo da capoeira.
    Logo, assumo-me orgulhosa no contributo que dei para formar homens que possam ser diferentes.
    Bjs para ti e tua mulher que hoje é dia dela e bom fim de semana
    TD

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  4. Gostei imenso do quadro de Diego Rivera. De facto ainda há muita discriminação por esse mundo fora e em Portugal também. Obrigada por esta chamada de atenção que fazes.
    Um abraço

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  5. Foste buscar um exemplo muito pertinente, Luís...
    ... afinal, se a igreja não se moderniza ela mesma, acompanhando os sentires dos seus crentes, como poderia dar semelhante passo?
    É um assunto deveras importante e que merece ampla discussão....

    Beijinho, Luís

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  6. Será que algum dia, haverá igualdade??

    Gostei muito da pintura com que ilustraste o post.

    Boa semana.
    Beijitos, Luís.

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  7. Abençoado homem que assim fala.

    abracinho

    *
    xi

    *

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  8. Esta é a verdadeira homenagem às mulheres, querido Luís! Sabia que não ias deixar por menos. Já respondes com este post ao meu comentário do "Casario". Milimetricamente perfeito. Sans reproche!

    Beijo e abraço carinhoso de uma mulher q, como tantas que conheço, refaz todos os dias o caminho de se virar de frente e aparecer com "vestes a contento".

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  9. Este é apenas um dia de todos os dias em que por sermos seremos ainda mais.

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  10. Este é apenas um dia de todos os dias em que por sermos seremos ainda mais.

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  11. Exactamente no dia 8 passei casualmente por um blog onde se fazia a apologia da violência doméstica e da humlhação.
    Fiquei estarrecida.
    Já não deveria admirar-me com nada disto. Estranhamente, ainda me admiro. Não por ignorar a existência destes facínoras mas pela desfaçatez com que, ainda por cima, vêm gabar-se do que praticam.

    Um beijinho para ti, Luís.

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  12. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  13. Eu sei... e tu sabes muito melhor que eu, Maria Maio...

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  14. Olá Joana-princesa,

    Bem vinda ao largo, menos florido que o teu "tratado"...

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  15. Tens razão Teresa, continua a alimentar-se a diferença...

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  16. Também gosto muito do quadro, Graça...

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  17. Provavelmente não, Anoris...

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  18. É o que vejo, Maria Luar...

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  19. Talvez um dia este dia seja apagado, era bom sinal, Lóri...

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  20. Era bom que fosse apenas mais um dia, Mist...

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  21. Há gente que se presta a tudo, Sininho...

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  22. Caro Luis,
    parabéns pelo seu blog que gosto de ler. A propósito deste seu post, vejo as coisas de forma um pouco diferente. Confesso que me maça esta coisa dos dias dedicados ao pai, mãe, avós, mulher... porque não o dia do homem?, a 'sexta' vir cheia de publicidade aos produtos 'men expert' da l'oréal e por ai fora.
    A sua posição quanto à igreja católica, é mais complicada. As 'Madres' existem e têm um papel fundamental na transmissão da fé (que não se faz apenas pelo poder sacramental) que é a razão de existir da igreja. E este seria um assunto para linhas e linhas de conversa...
    Quanto ao quadro do Rivera, eu sou uma optimista e vejo-me a olhar as flores oferecidas por essas mãos que minutos antes me fizeram, generosamente, esquecer as dores do mundo.
    Quanto a desigualdades, estamos de acordo. Mas elas são tantas e tão igualmente injustas. Entre as crianças que estão seguras em casa e as que desaparecem às mãos de um qualquer tarado, entre as mães que podem publicitar esses desaparecimentos alertando o mundo e as que têm que comunicar à policia a morada onde a criança foi vista para que estes peçam ao tribunal uma ordem de invasão de propriedade privada para que quando finalmente entrarem já não estar lá ninguém... entre a cunha que coloca o recém licenciado na pt e o desgraçado que com melhor média continua desempregado...Desculpe, mais um pouco e (re)escrevia a História Universal da Infâmia numa versão menos 'Borgeana'. Obrigada e um beijo para si

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  23. Também me maça, Isabel, mas como respondi noutro comentário, se não existisse este dia, muitas mulheres nunca recebiam flores...

    É um mal necessário...

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