Ontem a Ponte Sobre o Tejo, entre Alcântara e o Pragal, comemorou mais um aniversário.
Curiosamente, ou talvez não, os baptismos da ponte continuam sem unanimidade. Primeiro foi Ponte Salazar, hoje é Ponte 25 de Abril. E amanhã poderá ser outra coisa, pois segundo os engenheiros esta obra é coisa para durar pelo menos um século. Pelo que até 2066 ainda tem tempo de sobra para receber novo baptismo...
Provavelmente o erro foi ter ficado inicialmente com o nome do ditador português e não de outra figura histórica mais abrangente, como por exemplo D. Afonso Henriques, D. João I ou II. Até porque ele ainda estava em funções, como presidente do conselho de ministros do império português, quando este cargo era o mais importante da nossa governação e o Presidente da República não passava, orgulhosamente, de um corta-fitas, ao qual juntava ainda algum humor, com os seus discursos pouco convencionais...
Claro que Salazar não passava de um falso simplório. Se por um lado, fazia o papel de pobre e humilde - não trocando de botas nem de fato - adorava estas coisas dos nomes, o poder ficar para a posteridade. Só lhe faltava a lata do ditador do Iraque e do Alcaide de Elvas, caso contrário não havia cidade portuguesa sem uma sua escultura num lugar bem visível e ainda um jardim, uma ponte ou avenida...
Curiosamente, ou talvez não, os baptismos da ponte continuam sem unanimidade. Primeiro foi Ponte Salazar, hoje é Ponte 25 de Abril. E amanhã poderá ser outra coisa, pois segundo os engenheiros esta obra é coisa para durar pelo menos um século. Pelo que até 2066 ainda tem tempo de sobra para receber novo baptismo...
Provavelmente o erro foi ter ficado inicialmente com o nome do ditador português e não de outra figura histórica mais abrangente, como por exemplo D. Afonso Henriques, D. João I ou II. Até porque ele ainda estava em funções, como presidente do conselho de ministros do império português, quando este cargo era o mais importante da nossa governação e o Presidente da República não passava, orgulhosamente, de um corta-fitas, ao qual juntava ainda algum humor, com os seus discursos pouco convencionais...
Claro que Salazar não passava de um falso simplório. Se por um lado, fazia o papel de pobre e humilde - não trocando de botas nem de fato - adorava estas coisas dos nomes, o poder ficar para a posteridade. Só lhe faltava a lata do ditador do Iraque e do Alcaide de Elvas, caso contrário não havia cidade portuguesa sem uma sua escultura num lugar bem visível e ainda um jardim, uma ponte ou avenida...
Fiquei ainda mais convencido desta "vaidade", quando descobri, há pouco tempo, que no concelho de Almada - na Cova da Piedade - já existia uma Rua António Oliveira Salazar em 1940...
Cruz credo! E ainda não mudaram o nome?
ResponderEliminarA questão, Luís, é que o que causa "alergia" a uns não causa a outros, e vice versa.....
.... pelo que estou de acordo contigo, a ponte 25 de Abril pode ainda mudar de nome nos próximos 60 anos...
Beijinhos
Quando morei em Almada, a minha rua chamava-se Dr. António Oliveira Salazar.
ResponderEliminarEra aquela que ligava e liga Almada à Cova da Piedade!
Tal como a Ponte hoje chama-se Rua 25 de Abril.
Foi aí a minha 1º casa de casada...
Belos tempos em que morava aí e dava aulas em Setúbal!
Todos os ditadores são vaidosos. O nosso não fugia à regra... Um abraço.
ResponderEliminarClaro que mudaram o nome.
ResponderEliminarPassou a ser a Rua da Liberdade, após o 25 de Abril. Anos mais tarde dividiram-na, além da Liberdade, passou também a ser a Rua da Cooperativa Piedense.
Abrantes Raposo, poeta almadense, até lhe dedicou um poema, quando partiram a liberdade ao meio...
Exactamente Rosa, era a rua que ligava Almada à Cova da Piedade...
ResponderEliminarComo devia ser calma essa Almada, onde viveste...
Tens toda a razão Graça...
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