Tanto pode acontecer numa fila, no interior de uma loja, num restaurante ou até numa passadeira, é a coisa mais fácil do mundo vermos alguém a deixar que lhe "salte a tampa". O normal deste tempo é que se discuta e insulte os outros sem se ter razão...
Estás numa fila numa caixa de multibanco, para levantares dinheiro. Os minutos de espera parecem horas e o casal que está a levantar dinheiro não se despacha, há alguns desistentes e vais passando para a frente. Dez minutos depois o fulano deixa de usar a máquina mas tem o desplante de continuar no mesmo sítio a contar o dinheiro que levantou, sem se preocupar com a bicha que criara, já com mais de meia dúzia de pessoas.
Alguém lhe diz para se desviar da caixa, sem pedir por favor. O que lhe foram dizer...
Desvia-se mas vira-se, furioso, para as pessoas que estão à espera. E nunca mais se calou (a mulher curiosamente desapareceu....). Disparou para todos os lados até para o senhor que estava atrás de mim, que com o ar mais calmo do mundo lhe disse: «Desculpe, mas o senhor não tem razão.»
Isso é que era bom, ele não ter razão!
Ainda disse que estava o tempo que quisesse na máquina. Foi quando uma senhora sexagenária o aconselhou a comprar uma máquina e colocá-la lá em casa, sem perder a compostura...
Deve ter ficado a pensar na possibilidade e afastou-se, mas sem se calar.
O poeta Eduardo dizia que isto estava tudo ligado. E é verdade. Deve existir um dedo do Trump e do Ventura em toda esta irracionalidade...
(Fotografia de Luís Eme - Beira Baixa)
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