sexta-feira, dezembro 12, 2025

"O congresso de migalhas" do primeiro-ministro


Não posso deixar de citar o grande Alexandre O' Neill, que num dos seus textos (De um "Congresso de Migalhas") do seu livro, "Tempo de Fantasmas", podia muito bem estar a referir-se ao espertalhaço do nosso primeiro-ministro.

«Ao grande torneio mandibular que os nossos antepassados introduziram no seu sistema de sobrevivência, com o correr sempre indiferente dos anos, sucedeu este pequeno jogo de migalhas, migalhas de tudo, que ficará como a forma típica do convívio neste tempo.»

A lei laboral, é isso mesmo, um jogo, ainda com mais migalhas, para serem distribuídas para os mesmos de sempre.

É por isso que o "conde de monteverde" é capaz de dizer, sem se rir, que a greve foi pouco geral, de mão dada com o seu querido Amaro, que já se percebeu há muito, que é "pau para toda a obra".

Isso só quer dizer, que não podemos baixar os braços, muito menos aceitar que o nosso patronato, que sempre se esteve borrifando para o crescimento do país (gostam é de ter "bolsos cheios"...), tenha a vida ainda mais facilitada para explorar os seus "colaboradores".

Sim, há coisas que nunca mudam. Uma delas é a filosofia dos "patrões" portugueses.

 (Fotografia de Luís Eme - Cova da Piedade)


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