terça-feira, abril 29, 2025

Pois foi, a Luz veio e o "Mundo não acabou"...


Não é difícil explicar o que aconteceu ontem.

O "apagão" de 12 horas (em Almada, foi assim, das 11.30 às 23.30 horas...), que nos deixou quase sem Mundo, esteve longe de ser o aspecto mais elucidativo sobre a qualidade humana.

Mais uma vez, em nome do egoísmo e do individualismo,  num  verdadeiro "salve-se quem puder", a gente precavida do costume, voltou a abastecer-se de água, papel higiénico e latas de conserva, deixando para os mais distraídos, o pequeno prazer de fecharem as portas e pouparem algum dinheiro.

Mesmo que se finjam, aqui e ali, "solidários", já percebi, há algum tempo, que é com esta gente que a direita cresce...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


4 comentários:

  1. Os ligeiros, mas persistentes, avisos que a memória lhe tem enviado, não lhe permitem saber de já o disse aqui, ou em outro lado. Repete-se: não tem telemóvel e a isso deve a relativa felicidade em que vive. Já disse aos amigos, aos filhos, aos netos, olham-no como alguém que tenha aterrado por aqui, vindo de uma qualquer galáxia. Mas há 80 anos que vive numa Lisboa que amanhece, como canta o Sérgio. Há uns anitos atrás viu-se aflito para encontrar um fogão a gás. Apenas conseguiu um com bicos de gás, mas forno electrico. E nunca deitou fora o radiozinho de pilhas em que, no tempo em que os animais falavam, ouvia os relatos do Benfica.

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    1. Tenho telemóvel, mas é apenas telefone.

      Tenho um smartfone, que passa o tempo a dormir em casa, Sammy.

      Faz-me confusão esta gente que esta 24 horas ligada ao mundo por esse pequeno rectángulo, ao ponto de nem sequer olharem para o mundo que os rodeia...

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  2. É a paranóia do açambarcamento que revela o enorme egoísmo coletivo.
    Por aqui governámo-nos com uma vela enfiada no gargalo de uma garrafa de cidra, duas latas de atum em pasta com maionese, queijo, pão e água.

    Abraço

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    1. É uma "doença", que felizmente não tenho, Rosa. Por mim podem levar tudo o que existe nos supermercados para casa. :)

      Felizmente acredito que há sempre qualquer coisa para se comer...

      E foi tão bom conversarmos todos ao jantar, algo que não acontece todos os dias...

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