Também é mentira que existam pessoas que vivem no Ginjal há trinta anos, como disseram na televisão. Lembro-me de quando saíram os últimos moradores, em que havia a expectativa do começo da obras (andaram por lá máquinas a terraplanarem alguns dos armazéns em pior estado, mais próximos da arriba...). Foi há já mais de dez anos.
Sei que entretanto foram passando várias "tribos" pelo Ginjal, desde os romenos, profissionais da mendicidade, em toda a área metropolitana de Lisboa, que depois se mudaram para o Caramujo, até aos migrantes africanos (muito deles devem estar em situação ilegal....) que foram ocupando o "prédio azul" e também as antigas instalações do Clube Naval de Almada, que transformaram quase em "área comercial" , durante e depois da pandemia...
O curioso, é que neste espaço de tempo, não houve qualquer tentativa de expulsar estas pessoas, que viviam em condições de habitabilidade precárias e a espreitar o perigo, diariamente.
Até que chegou o dia de hoje...
E agora, à boa maneira portuguesa, existe um corrupio de "moradores", que dizem viver ali "desde sempre", e que para variar, querem que a Autarquia lhes dê uma casa.
E o Cais do Ginjal vai ficar uns tempos (certamente longos, pelo andar das obras em Almada) "fechado para obras", porque começa a ficar intransitável...
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Tenho apanhado algumas notícias sobre o Cais do Ginjal e fiquei admirada com o facto de haver gente a viver num local tão degradado. Ouvi em direto um homem dizer que vivia lá há trinta anos e que dentro das habitações não havia qualquer perigo, acrescentou ainda que de lá não sairia.
ResponderEliminarE é o que temos, a Autarquia sem mexer uma palha e gente a pretender uma casa de graça.
Abraço
Claro que há perigo, Rosa. Há demasiada degradação dos edifícios, demasiada humidade (o Sol quase que não passa pelo Cais do Ginjal de Outubro a Março) e faltam coisas como a água da rede pública, mesmo que eles não liguem muito ao "banho higiénico". Eletricidade nem por isso, que eles arranjam sempre "artistas" que fazem puxadas dos postes de eletricidade...
EliminarE depois há a incúria dos municipios e o oportunismo dos "coitadinhos" do costume...