Sim, hoje é quase impossível andar na rua, sem molhar os pés...
Nem sequer podemos beber o café nas esplanadas, temos de olhar para quem passa do lado de dentro dos cafés...
Foi ao balcão, a saborear este liquido que faz elevar a tensão, que pensei que gostar de chuva é coisa de poetas...
Acrescento um quase a esta coisa da chuva ser inspiradora para os poetas e os cronistas do quotidiano. Sei que o grande José Gomes Ferreira e a minha querida Maria Judite (de Carvalho) devem ter escrito coisas bonitas sobre essa coisa pouco agradável de andar de chapéu de chuva aberto pelas ruas. Mas como sabemos, especialmente nestes tempos estranhos, há "malucos" para tudo...
Felizmente, o Inverno do nosso país até permite que deixemos o chapéu de chuva em casa e aproveitemos as várias abertas, tal como a protecção das muitas varandas das avenidas, para conseguirmos ir andando até ao nosso destino, passando quase pelos intervalos dos pingos da chuva.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Na impossibilidade de o pai ir buscar os meus netos ao ATL, por se encontrar em recuperação de uma intervenção cirúrgica e comigo também encostada às "boxes", os miúdos chegaram a casa num pingo!
ResponderEliminarNão foi nada poético! :))
Abraço
Pois é, nem todos conseguimos descobrir o lado poético da coisa, Rosa. :)
EliminarChove...
ResponderEliminarMas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?
Chove...
Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.
José Gomes Ferreira em Poesia II
O Sammy conseguiu ver, muito bem, o lado poético da chuva, até nos ofereceu um belo poema do grande Zé Gomes Ferreira. :)
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