domingo, fevereiro 09, 2025

A nossa cidade mais surpreendente...


Não deixa de ser curioso, que a nossa escolha sobre as cidades, que mais nos conseguem surpreender, acabe por ter no começo da lista, algumas daquelas que conhecemos melhor. 

Claro que este efeito surpresa não ganha vida na pequena cidade onde crescemos e tudo nos parece igual. Normalmente, isso acontece sobretudo nas urbes de dimensões razoáveis.

Achei curioso a Rita falar-me do Porto, quase como se a Invicta fosse uma aldeia. Eu sei que o normal é todas as cidades portuguesas parecerem pequenas, quando são colocadas ao lado da Capital. 

Isso não acontece apenas pela dimensão de Lisboa, há também o seu peso histórico e social, mas sobretudo um certo bairrismo, que consegue oferecer arquitecturas, cores, cheiros e olhares diferentes, quando subimos e descemos as mais de sete colinas lisboetas.

Quase todas as vezes que passeio por Lisboa, descubro uma coisa nova. Acho que é por isso que gosto tanto de entrar nos bairros e ruelas menos centrais. Sei sempre que vou ficar surpreendido...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa) 


3 comentários:

  1. O José Gomes Ferreira que nasceu no Porto, e muito a propósito na Rua das Musas, corria o ano de 1900, detestava o cinzentismo da cidade, como se nunca fizesse a barba.
    Quando trabalhava tínhamos escritório no Porto e amiúde deslocava-se à cidade e apreciava aquele quotidiano. Há dias, por mor de um concerto dos «Galexico» na Casa da Música, comboiou até lá e aquilo já não tem quase nada a ver com a cidade de outros tempos. Está muito diferente. Ele também. É assim que vamos morrendo.

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  2. Fátima perdeu o encanto de quase aldeia onde todos se conheciam e se encontravam no mesmo café.
    Adquiriu da cidade a construção em altura, a diversidade da oferta com a consequente dispersão de amigos à volta da mesa do café .
    Apesar de tudo vivo numa zona onde o minimercado é um ponto de encontro.
    Ontem, em conversa com o meu filho, falámos da Rua do Benformoso, falada agora pelas piores razões e que ele lamenta por ser uma bela rua.
    Eu não sabia que era paralela à Almirante Reis e à Rua da Palma.
    Conheço a Rua da Palma desde criança, era aí que terminava o percurso da camionete que me trazia da aldeia para passar uns dias em casa de um tio paterno.
    Nessa altura ainda não sabia que havia uma Mouraria.
    Desta vez alonguei-me, desculpa!

    Abraço

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  3. Apesar de tudo, Lisboa é sempre bonita.
    Uma boa semana.
    Um abraço.

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