quarta-feira, janeiro 29, 2025

Os oitenta anos da "Bíblia do futebol"


Podia falar do "calimero" que começa a andar em negação, quando se fala de violência em Lisboa, ao ponto de até colocar em causa os números apresentados pela polícia, mas isso era dar atenção a quem não a merece.

É por isso que prefiro festejar os oitenta anos de vida que a "Bíblia" do futebol comemora hoje.

"A Bola" foi o jornal que mais li no começo da adolescência até à idade adulta, porque tinha jornalistas extraordinários, como foram o Alfredo Farinha, o Carlos Miranda, o Aurélio Márcio, o Vitor Santos, e sobretudo, o Carlos Pinhão. Adorava ler as suas crónicas, especialmente quando "largavam a bola", e davam largas à imaginação e ao espírito de cronistas, com os populares "Hoje Jogo eu"...

Não tenho grandes dúvidas, que foi graças a eles, que quis ser jornalista desde muito cedo. Ainda tive o prazer de conhecer Alfredo Farinha, Carlos Miranda e o Carlos Pinhão. Acabei por ter uma maior proximidade com  este último, por gostarmos ambos das coisas da cultura. Conversámos bastantes vezes, sobre livros, mas também sobre cinema ou teatro, apesar da concorrência quase doentia desse tempo entre o "Record", - onde eu já trabalhava - e "A Bola". Era uma daquelas coisas em que fingíamos passar-nos ao lado...

E não posso esquecer Cândido de Oliveira, jogador, treinador, seleccionador nacional e democrata (esteve preso no Tarrafal...), o principal responsável por este projecto jornalístico de grande sucesso, que dura há oitenta anos...

A propósito da capa, eu é que agradeço!


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