Pensei nisso, hoje, ao descer a Almirante Reis. Continuo a ter o vício de andar a pé e a ver o mundo passar por mim, mesmo que as pernas já não sejam o que eram.
Sentado no interior do cacilheiro, enquanto olhava o Tejo, pensei que olhei para as pessoas com quem me cruzei, com mais atenção. As vozes, as cores, as roupas faziam a diferença, mas isso acontece há pelo menos meia-dúzia de anos. E sim, vê-se cada vez menos portugueses nas ruas.
Mas não faltam explicações para o facto. A principal é a existência de cada vez menos portugueses a morar nesta zona de Lisboa. E isso acontece graças ao aumento obsceno das rendas.
Sim, a ganância dos senhorios é a principal razão deste "abandono", e não o "medo" pela gente que veio das Índias que, pelo menos aparentemente, é quase sempre excessivamente simpática (especialmente os comerciantes).
Sei que se não se levantasse tanta poeira do lado mais afastado da direita, ou se o alcaide de Lisboa não quisesse ser também "xerife", tudo seria mais normal. Sobretudo os comentários que se fazem sobre as ruas da cidade grande, normalmente feitos por quem nunca passa por estas ruas e avenidas...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
No actual contexto não csrculo pela cidade mas nas redes sociais leio queixas da falta de limpeza, do trânsito excessivo e também da escassez de habitação como referes.
ResponderEliminarSó que o "alcaide" prefere cavalgar a onda da insegurança.
É inquestionável que os imigrantes devem respeitar as
Leis que nos regem.
Abraço
Nem sequer queria ir tão longe, Rosa.
EliminarHouve uma série de medidas socialistas que o Moedas colocou na gaveta, que limitavam a circulação na Baixa.
A questão da limpeza é normal, porque circulam diariamente por Lisboa centenas de milhares de pessoas, o turismo continua imparável. Ou seja, mais gente, têm de se reforçar os serviços de higiene e limpeza, não é só receber taxas...