quinta-feira, junho 20, 2024

Os cheiros e outras coisas parvas que fazem parte das conversas


Há dias que falamos sobre coisas parvas. Sei que isso acontece porque este mundo que nos rodeia, também está cada vez mais parvo...

Não vou ao exagero de dizer que está tudo mal nessa coisa que dizem ser a mais inteligente que habita neste planeta quase redondo. Mas o normal é encontrarmos mais caras sisudas que caras sorridentes nas ruas e nos transportes públicos.

Não sei quem foi que começou a falar de "cheiros", mas acho que foi a senhora que disse que teve de fingir que estava com alergia logo de manhã e tapar o nariz, e logo às oito e alguns minutos da manhã, porque um dos companheiros de viagem não devia gastar dinheiro em desodorizantes e também devia evitar tomar banho para poupar água...

Claro que depois a Capital quase que veio abaixo, porque Lisboa há muito que não cheira bem. E diziam eles, que era por causa de quem vinha de fora, não de férias mas em trabalho...

Estavam certos. Se em muitas casas vivem mais de uma dezena de pessoas, deve ser complicado ter condições para dormir, quanto mais para um banhito... E nem vale a pena falar de quem vive em tendas.

Vá lá que só se falou do cheiro do sovaco, não se falou do cheiro dos lugares mais recatados, que fazem as vezes de urinol público...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


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