quinta-feira, maio 30, 2024

Embora Galileu no seu tempo preferisse falar de coisas importantes, já sentiu na pele que o "mundo circula (sobretudo) à nossa volta"...


Ao contrário dos meus amigos, não estranhava que as televisões tivessem sido ocupadas por comentadores políticos da "direita central" (se é que isso existe...). O negócio é o mais importante, e não deve dar muito jeito aos accionistas ter por ali "anticapitalistas".

O que eu estranhava mais era a mudança ideológica de alguns. Não falo de quem foi da extrema esquerda na adolescência, porque nessa passagem das nossas vidas, quase tudo nos é permitido e perdoado. Falo de quem podia muito ser caricaturado por Rafael Bordalo Pinheiro, por gostar de usar casacos com dois direitos.

Claro que me chamaram ingénuo, e disseram que eu só conhecia uma parte do "espectáculo televisivo" (ou fingia conhecer...). Para acrescentarem de seguida, que se um jornal no dia seguinte já só serve para embrulhar coisas na drogaria da esquina, na televisão as coisas mudam de minuto a minuto.

Com algum humor acrescentei o vento, que também dá uma ajuda nestas mudanças, o Presidente da República que o diga, o nosso "cata-vento" mais famoso.

Não há volta a dar, os interesses pessoais agora são sempre colocados à frente dos colectivos. Só nas manifestações é que ainda se grita que a "união faz a força".

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


5 comentários:

  1. «os interesses pessoais agora são sempre colocados à frente dos colectivos...» depois de aliviados de 36,4% em impostos, numa média que pode ir de 0% a 48%!

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    1. 0% é um exagero... há sempre um imposto que espera por si!

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    2. 48% é um acerto final... até lá já muito se somou!

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