quarta-feira, maio 22, 2024

Essa coisa que parece boa, de se fingir "que não se passa nada"...


Nunca senti tanto as mudanças de tempo no corpo como agora.

Sei que é sinal de velhice e de perda de qualidades físicas. Mas também sei que é sinal destes tempos estranhos, em que somos brindados com as quatro estações num só dia, porque continua a ser mais fácil e agradável (por enquanto...) fingir que está tudo bem.

Ontem, numa viagem relativamente curta, de apenas 100 quilómetros de carro, fez muito sol, choveu, fez frio, voltou a fazer sol e depois as nuvens ganharam o céu, por um bom bocado, até darem de novo espaço ao sol.

A parte que me é mais desagradável são as enxaquecas. Antes só aconteciam quando arrefecia muito e a minha sinusite dizia presente. Mas aconteciam apenas uma meia-dúzia de vezes por ano...

Mas o que queria dizer, é que me incomoda bastante que as alterações climáticas continuem a ser tratadas como um "fair diver", quase como uma diversão de estudantes rebeldes que pintam montras, cortam estradas, etc.

Basta olhar para o lixo que floresce ao lado dos contentores, diariamente, próximo da minha casa, para perceber estes humanos que me rodeiam. É colocado duas vezes no sítio errado. Fora dos ecopontos e fora dos contentores do lixo geral. 

Não ando a ver quem faz isto, mas calculo que seja gente de todas as gerações, ou seja, há demasiadas pessoas a fingir "que não se passa nada", mesmo que de um momento para o outro, o vento se faça ouvir, irado, e ameace levar tudo à frente...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)


6 comentários:

  1. Bom dia
    Infelizmente ainda há muita gente que cospe para o chão e assobia para o ar , sem querer saber do ar que respiram .

    JR

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  2. Não sei se fingem ou se são mesmo ignorantes!

    Abraço

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    1. Claro que fingem, Rosa.

      São os chamados "espertos-parvos".

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  3. Não vou fazer comparações, apenas vou constatar um facto.
    Não é comum ver-se caixotes de lixo a abarrotar nem em jardins nem em parques públicos e muito menos nos bairros habitacionais.
    Mas ainda vejo, enquanto faço as minhas caminhadas num determinado parque durante a semana, uma garrafa vazia aqui, outra acolá, alguns papéis (que me parecem guardanapos) e outro tipo de lixo ao longo do relvado. Não estou propriamente a apontar o dedo a nenhum grupo étnico, mas acho demasiada coincidência que todo este lixo (nada que se pareça ao que te referes, mesmo assim) surja depois dos fins de semana. É que, durante os fins de semana, este parque é frequentado por grandes grupos de pessoas com antecedentes sul asiáticos.

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    1. Deves ter razão, são pessoas que ainda não assimilaram esses bons hábitos, Catarina.

      Quando fiz dezoito anos passei férias na Alemanha. Uma das coisas que mais me espantaram, foi não ver um papel ou uma beata no chão.

      E aquilo fazia que nem sequer tivesses a tentação de deixar algo caído no chão (pelo menos foi o que senti e ainda estava a sair da adolescência)...

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