quinta-feira, julho 14, 2022

Um Mundo sem "Olhos e sem Palavras"


Como continuo a gostar de olhar para as coisas com olhos de ver, estranho cada vez mais "este mundo" que me rodeia.

Uma boa parte das pessoas - de praticamente todas as gerações - caminha cada vez mais com os olhos presos no telemóvel, como se lhes fosse impossível "viver sem sentir o mundo nas mãos". 

E quando acontece alguma coisa estranha no outro "mundo", olham pela parte de cima do ombro, como se estivessem a ver "o filme errado".

Continuando na rua da "sétima arte", fala-se também cada vez menos neste "mundo novo"... Talvez se esteja a caminhar para qualquer coisa parecida com o velho "cinema mudo"...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


8 comentários:

  1. Não vamos retroceder assim tanto. : )
    É apenas uma nova forma de viver. Outras virão daqui a umas décadas que vão ser comentadas por esta geração ou gerações. Como os nossos pais comentaram quando éramos jovens ou “mais jovens”.

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    1. O problema é que isto não é viver, Catarina, é passar um pouco ao lado da vida tal como ela é...

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    2. “... passar um pouco ao lado da vida tal como ela é.” – Não. Queres dizer “da vida tal como TU a vês”.
      O estilo de vida que os mais jovem vivem agora é um pouco diferente, mas é o que eles conhecem, é o que eles gostam, é outra forma de socializar/conviver.
      Ainda esta tarde fui ao supermercado que tem umas quantas mesas e cadeiras cá fora. E lá estavam uma meia dúzia de adolescentes (apenas raparigas), bebendo café ou qualquer outra bebida do Starbucks (localizado neste supermercado) e na risada. Ao lado estavam dois rapazes, tb adolescentes a conversar um com o outro. Sim, os telemóveis estavam em cima da mesa.
      Provavelmente, ainda te deves lembrar do que os teus pais diziam da juventude da época. Ou era a música “maluca” que eles ouviam, ou eram as saias muito curtas das meninas, ou outro tipo de comportamento que eles não gostavam. : ))

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  2. Sempre viajei muito ao longo da minha vida e, o que vejo agora, desde que inventaram os smartphones, é as pessoas entrarem num museu e desatarem a tirar fotos, a torto e a direito, sem verem sequer os quadros....

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    1. Essa é outra questão, Maria.

      Hoje é mais importante mostrar que se esteve lá, do que gozar as belezas que nos são oferecidas...

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    2. É incompreensível!
      UmaMaria

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    3. Ah! Isso é muito generalizado...
      Quando me é permitido, tiro montes de fotografias quando vou aos museus das belas artes. Vejo os quadros, leio o que está escrito ao lado e, se estiver disponível, obtenho o áudio para ouvir a explicação. Depois, quando chego a casa, faço algumas pesquisas quando tenho dúvidas ou “não apanhei” tudo. E depois... publico algumas no meu blog, porque gosto de partilhar e não apenas para mostrar que lá estive.

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    4. Sim pode-se fazer isso tudo, Catarina. Mas é importante não nos esquecermos de olhar com olhos de ver (assim como de falar com a voz que dizem que deus nos deu...).

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