quarta-feira, agosto 22, 2018

O "Jornalismo das Histórias da Carochinha"...


O nosso jornalismo anda cada vez mais pelas ruas da amargura. O exemplo maior deste "estado", foi dado com as notícias mentirosas de há dias, que fizeram com que o ex-presidente do Sporting, conseguisse "voltar a ser presidente" (e conseguiu-o de facto, durante uma boa meia-dúzia de horas...) do Clube, na sua cabeça e de alguns jornalistas.

Acho que a mudança de paradigma fez com que alguns jornalistas se especializassem na produção de "histórias impossíveis", quer de sobrevivência, quer de ascensão social, protagonizadas por gente faminta pelo seu minuto de fama. Normalmente transmitem as notícias sem contraditório, tendo como base apenas o testemunho dos "heróis" de ambos os sexos...

Só que a realidade é outra coisa, distante das "histórias da carochinha" que nos vão vendendo (sim, nada disto nos é dado de graça...). Já o meu avô dizia que para alguém pobre chegar a rico, só existiam dois caminhos: a lotaria ou a ladroagem. 

Sei que o tempo tornou as coisas um pouco mais "elásticas" e que também existe o euromilhões, alguma política e o talento futebolístico... 

Mas de uma forma geral os princípios continuam os mesmos, assim como os exemplos. Basta darmos voz a quem trabalhou a vida inteira de forma honesta...

É por isso que penso que não era má ideia que os jornalistas mais inventivos se dedicassem à ficção, e que os portugueses, de uma forma geral, se tornassem menos crédulos...

(Fotografia de Luís Eme)

2 comentários:

  1. Olá, Luís :) nem de propósito: sei que a minha vida é muito pequena, muito concentrada etc. etc., mas sempre que algum jornalista pegou em algo que eu conhecia de perto, sobre situações em que os factos eram indesmentíveis, saiu asneira a gosto e conveniência do escrevente. depois revoltamo-nos porque há um homenzinho, em cujas mãos foi colocado o poder para construir ou destruir a vida de muitas pessoas e bens, passa a vida a falar em "fake news", o que nos trama é que ele não saiu do nada nem para o nada voltará.

    Abraço.

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    1. Eu sei muito bem o que queres dizer, Maria.

      Por exemplo, o "Correio da Manhã" sempre foi um jornal com capas ligeiramente diferentes das notícias do interior... o grave, foi isto passar a ser o normal, até em jornais que se achavam instituições como o "Expresso" por exemplo...

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