domingo, setembro 11, 2016

Caminhos Sem Volta...

Dos muitos caminhos que escolhemos e percorremos, há alguns que queremos que não tenham volta. 

Digo isto sem qualquer  carga dramática, porque isso pode acontecer apenas por nossa opção e escolha.

E devo desde já acrescentar que não estou a falar do plano sentimental, mas sim do profissional (embora existam mais parecenças entre ambos do que parece...).

Claro que não são muitas as pessoas que têm a coragem de mudar, deixando para trás uma carreira estável, contrariando a opinião de quase todos, apenas porque acreditam que o sonho também comanda a vida, e que mais importante que o dinheiro é sentirem-se realizados e felizes.

O maior obstáculo a este passo, costumam ser os familiares mais próximos.

Também por isso é que um acto de grande coragem...

(Fotografia de Luís Eme)

4 comentários:

  1. são decisões muito complicadas que temos de ponderar muito bem...
    beijinho
    :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. E que não são boas de tomar em todas as idades, Piedade.

      Embora a vida por vezes seja pouco contemplativa...

      Eliminar
  2. Luís, e quando ficar exige mais coragem do que partir?

    No que a este assunto diz respeito, até acho que existem bastantes diferenças entre o plano sentimental e o profissional, muito embora o não bater com a porta de casa possa também ter que ver com o pão para a boca.

    Num cenário de situação estável no plano laboral e com encargos fixos a nível mensal, sem que se vislumbre uma fonte de rendimentos se se sair, abandonar o emprego é coragem ou falta dela misturada com inconsciência?
    Mais, pode-se manter um emprego que se deteste - eu disse mesmo deteste - e isso não interferir na nossa felicidade. Basta "não viver" aquilo.
    Pode-se perfeitamente ser um bom trabalhador e não se gostar do trabalho e nem sequer se gostar de trabalhar.

    Há também que não esquecer que existem regras diferentes no sector público e no privado. Sair, mesmo ao fim de décadas, pode significar trazer zero. Coragem?

    Muito, muito, havia para dizer sobre isto.


    ResponderEliminar
    Respostas
    1. (Lá tenho de responder à mulher dos comentários pertinentes e difíceis...)

      Mas eu não estava a falar nesse contexto, Isabel.

      Claro que partir muitas vezes pode ser fugir dos problemas, especialmente quando tudo começa a correr mal...

      Mas eu estava a falar da coragem de mudar, de deixares de ser engenheiro de qualquer coisa chata, para te tornares por exemplo actor ou músico, porque é mesmo isso que queres ser e fazer. Ou até mesmo jardineiro (há quem ame as plantas ao ponto de fazer isso...).

      Claro que há alguma loucura nesta coisa de ir atrás dos sonhos e deixa-se para trás a tal segurança que falas.

      É por isso que há idades para mudar. Até porque somos uma sociedade em que as pessoas com quarenta anos são velhas para começar de novo numa profissão...

      E se tiveres filhos, dificilmente irás atrás dos sonhos...

      Claro que há sempre a possibilidade de "sonhares" nos tempos livres... ou então esperares pela reforma para fazeres o que gostas (embora isso agora seja muito mais difícil...).

      Há sempre muitos ques, Isabel. Por isso é que é um acto de coragem, com uma boa dose de loucura. :)

      Eliminar