domingo, setembro 20, 2015

O Domingo Pode Ser Quase Tudo


O domingo pode ser quase sempre o que quisermos. Não é por acaso que é o dia em que podemos fazer quase tudo o que nos apetece.

Talvez seja por isso que aqueles que têm mais "fé" continuam a ir à missa ou ao futebol, perdidos de amores, domingo sim domingo sim.

Às vezes penso que se fosse um individuo religioso ainda tinha uma roupita para vestir ao domingo. Penso apenas, pois não sinto qualquer saudade dessa parte da infância, em que a minha mãe costumava vestir-me praticamente igual ao meu irmão (nunca percebi porquê, um dias destes pergunto-lhe...) e além de irmos à missa de manhã, depois íamos visitar os avós, quase bonitos.

Mas voltando ao domingo dos outros, este também é o dia dos condutores de fim de semana saírem de carro e fazerem o seu passeio higiénico (com e sem almoço fora de casa) e provocarem filas intermináveis nas estradas graças à sua habitual velocidade cruzeiro...). 

E há também aqueles que escolhem o domingo para preguiçar, para andar de pijama pela casa fora, para se regalarem no sofá, a ver um filme ou uma série que não houve tempo para ver durante a semana (isto do cabo é só boas inovações...).

Eu normalmente não tenho programas definidos. Como não gosto de ficar tempo demais na cama, quando há alguma exposição num museu lisboeta (dos que ainda se podem visitar graciosamente de manhã...) , ai vou eu até à Capital.

A meio da tarde dou quase sempre uma volta a pé pela Cidade, pelos sítios do costume. Talvez eu não goste que o domingo seja um dia muito diferente dos outros...

Há ainda outra coisa, não evito apenas as estradas predilectas dos condutores de domingo, também detesto enfiar-me num "santuário de compras" (ao contrário do resto da malta cá de casa...). Só em casos de urgência é que me apanham nessas avenidas cheias de gente ávida pelas novidades que surgem do lado de dentro das montras.

Pois é, ainda bem que no domingo podemos fazer quase tudo o que nos apetece...

O óleo é de Helena Lam.

4 comentários:

  1. Ao domingo até podemos escolher mudar o destino do país, ou não. Quando era menina, raramente minha mãe tinha dinheiro para comprar uma roupa nova para nós. Mas quando o fazia, fosse um vestidito ou uma saia, era rigorosamente igual para mim e para a minha irmã. Um dia perguntei-lhe porquê. Resposta dela "é para vocês saberem que gosto igual das duas, e não guerrearem que um é mais bonito do que outro, porque a mãe gosta mais de uma, que da outra."
    Será que todas as mães pensam assim?
    Um abraço e uma boa semana

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    1. Boa questão, Elvira.

      Vou perguntar à minha mãe. :)

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  2. Respostas
    1. Não lhe sinto muito a diferença, Laura.

      Até costumo acordar mais cedo que nos outros dias. :)

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