Este título quase parece um daqueles títulos longos e deliciosos do escritor Mário de Carvalho.
Quando percebemos que o tempo deixa de nos dar espaço, que queremos dizer bom dia à tarde que escapa, dizendo-lhe para esperar, ele responde-nos com um sorriso trocista, ao mesmo tempo que nos oferece um "toma" ao jeito do nosso Zé, que roubámos ao grande Rafael.
Só que a vida não pára, nem mesmo quando fingimos parar no tempo...
Talvez pareça algo enigmático este começo, mas hoje o meu maior amigo fez cinquenta anos e lembrou-me que um dia destes também eu vou entrar para o clube dos "cinquentões"...
Crescemos e vivemos juntos uma boa parte da nossa vida. Na infância e na adolescência éramos inseparáveis, partilhávamos o quarto, os amigos, as brincadeiras, os desportos, e claro, as patifarias habituais da criançada.
Nasceu dois anos e alguns meses à minha frente, para desbravar caminho e ser quase o meu "anjo da guarda", de carne e osso, sempre pronto para me proteger dos "putos maus", da nossa rua e de outras por onde andávamos, num tempo sem os "perigos" e os "fantasmas" de hoje.
Entrámos na idade adulta e fomos ligeiramente afastados pela vida, como acontece quase sempre. Vivemos e trabalhamos em cidades diferentes. Por vezes estamos tempos e tempos sem nos vermos, e nem sequer estamos sempre a telefonar.
Mas todas estas coisas acabam por ser pequenas, porque sabemos não há distância que nos separe.
Muito bonita é uma Amizade que perdura para além do tempo que passa...
ResponderEliminarParabéns ao teu amigo, parabéns a ambos!
Beijinho, Luis.
parabéns ao meu Mano, Ana...
ResponderEliminarÉ mesmo. A amizade sobrevive ao tempo. Como é saboroso encontrar uma amiga que não se vê há meses e meses e, por vezes, até anos, e quando nos encontramos recomeçamos a conversa onde tinhamos acabado e depois e só depois se põe a conversa em dia!
ResponderEliminarDe uma coisa não tenho experiência. Fazem-se grandes amizades nestas idades mais maturas? Ou só daqui a uns anos é que ficamos a saber se, de facto, são amizades duradoiras como o são as que fizemos nos anos da primária, da secundária ou da faculdade?
ResponderEliminarOs manos:) Parabéns ao mano então!
ResponderEliminarEu ando a recuperar de chegar ao
40etas........
:)Beijinho, Luís M*
é a lei da vida.... por muito que doa o passar dos anos .... todavia ,a amizade ,essa perdura sempre ,apesar do tempo e da distância ... incontornáveis
ResponderEliminar.
um beijo
sim, a verdadeira amizade resiste a quase tudo, Catarina.
ResponderEliminare quando se trata de um irmão, ainda por cima único, tudo aumenta...
claro que sim, Catarina. a amizade não tem idade.
ResponderEliminartenho amigos relativamente recentes com idade quase para serem meus avós. um deles tem 86 anos, vou postar sobre ele no "casario", um dia destes...
é preciso recuperar, M. Maria Maio?
ResponderEliminaré, Gabriela, com saudade, com memórias, com poemas...
ResponderEliminarQuando me referi a fazer amizades agora não pensei na idade dos possíveis novos grandes amigos. Também tive uma grande amiga da idade da minha mãe! Uma senhora com um espírito muito jovem que nos acompanhava em qualquer situação.
ResponderEliminaré sempre possível, Catarina.
ResponderEliminarmas as pessoas estão menos disponiveis, acreditam muito menos no outro...
(é o calo do macaco...)
Vi logo que eram irmãos...
ResponderEliminarO sorriso de cumplicidade e a "indumentária" eram mais que evidentes!
Parabéns ao mano e deixa lá, não custa nada fazer cinquenta anos...
Fala a experiência de quem já os tem a perder de vista! :-))
Abraço
eu sei que não, Rosa...
ResponderEliminar:)
ResponderEliminaré o cimento da infância. uma argamassa feita de afectos e cumplicidades
as paredes eram construidas sem os cálculos matemáticos somados à pressa numa calculadora, mas como uma pirâmide bem estruturada no dia a dia das vivências.
sim, Maré...
ResponderEliminarmuitos afectos, muitas cumplicidades, muito amor.