quarta-feira, agosto 13, 2008

O Factor Sorte...

Numa das últimas conversas de café (desta vez não me apeteceu transformá-la em diálogo...), o factor sorte nas provas olímpicas saltou para a mesa.
Os meus companheiros de "tertúlia" mostravam algum desconforto por sentirem que o factor sorte era bastante importante na obtenção de resultados desportivos.
Lembrei-me logo de uma frase de Moniz Pereira, que dizia mais ou menos isto, que a sorte dava imenso trabalho...
Ou seja, há uma grande confusão no conceito "sorte". Claro que todas as modalidades desportivas enfrentam os chamados imponderáveis (condições atmosféricas, local da prova, acidentes de percurso, etc), mas quanto melhor os atletas estiverem preparados, melhor resposta darão a todos esses elementos, que se confundem com o tal factor sorte...
Claro que há modalidades que lidam mais com a dita "sorte" que outras. A Vela é uma delas, por ser disputada ao ar livre e estar dependente das condições atmosféricas do momento, e por isso mesmo, também das opções certas ou erradas dos navegadores...
Claro que isso não explica tudo, mas nestas competições de alto nível (e em todas...) anda-se no limite, correm-se demasiados riscos, que nos podem colocar nos primeiros ou nos últimos lugares...

Embora o quadro de Alfredo Keil esteja um pouco fora do contexto, a sua beleza acabou por ser determinante na escolha...

12 comentários:

  1. Concordo totalmente contigo. Lembras do Wanderley, maratonista brasileiro que na Grécia foi arrastado na pista por um suiço louco? E depois, devolvido por um anjo grego para poder ao menos alcançar o bronze quando era praticamente certo o ouro? E Lembras como ele foi elogiado pelo fairplay e por não maldizer a sorte, nem os companheiros que se beneficiaram com este azar e ficou orgulhosamente no pódio. Pra nós, ele foi o vencedor. Vencedor da adversidade casual e da própria essência humana que nos joga em correntes de infâmias inúteis.

    Essa é uma das belezas dos encontros esportivos, há sempre surpresas lindas, devidas à natureza humana e não apenas ao acaso.

    Beijos olímpicos!

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  2. Que o vento seja de alento...

    Beijo, Luís M*

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  3. É evidente que no desporto de alta competição, o factor sorte, não existe. Existe um trabalho, isso sim, cientifico de longas horas, dias e anos. Depois...depois os resultados dependem de alguns factores. Inclusivamente do carácter do atleta, aqui a psicologia que é uma variante do treino, pode condicionar ou não o atleta.

    Costumo dizer no caso dos atletas portugueses, que lhes falta para ganhar, apenas os últimos 100 metros. Será a questão cultural ou a psique que falta?

    Um abraço

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  4. É preciso muita preparação. Às vezes há azares, é verdade... A minha mãe costumava dizer que a sorte somos nós que a fazemos. Penso que ela tinha razão em quase tudo...
    Um abraço Luís.

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  5. Bem,a preparação é o fator mais importante, mas, o dia tem que estar favorável...Há dias, em que nada de bom acontece!

    Muito bom ter vindo aqui!

    Beijos de luz...

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  6. nada se faz sem trabalho árduo, Luís.

    mas os tais imponderáveis, são factores decisivos em determinadas situações. E numa prova de altíssima competição, um pequenino erro, ou qualquer outro factor menos positivo não tem tempo de ser corrigido.

    um abraço, Luis

    maré

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  7. lembro Lóri...

    imagino o que ele sentiu, ainda por cima oriundo de um país violento.

    merecia todo o ouro olímpico, por continuar até ao fim, apesar do que lhe sucedeu... aquele bronze foi tão pouco.

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  8. mas está lá, a sorte e o azar, Carlos, vê o que sucedeu à Naide...

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  9. é mesmo assim, Maré...

    lá vem a Naide como exemplo...

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