Florbela Espança nasceu em Vila Viçosa a 8 de Dezembro de 1894.
Foi a nossa grande poetisa do amor...
Deixo-vos aqui, um seu auto-retrato:
Eu
Até agora eu não me conhecia.
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
Mas que eu não era Eu não o sabia
E mesmo que o soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!
Andava a procurar-me – pobre louca! –
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
Florbela Espanca
Até agora eu não me conhecia.
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
Mas que eu não era Eu não o sabia
E mesmo que o soubesse, o não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!
Andava a procurar-me – pobre louca! –
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
Florbela Espanca
O desenho é da autoria de seu irmão, Apeles Espanca.
Um bonito soneto de Florbela para o dia de hoje.
ResponderEliminarNão conhecia este desenho dela, feito pelo irmão...
Obrigada, Luís
Muito bonito.
ResponderEliminarAbraço.
Forbela: Os sonetos dela são lidíssimos. Eu adoro lê-la.
ResponderEliminarUm abraço.
Gosto tanto da poesia dela que é a única poetisa da qual sei alguns poemas de cor, que digo para dentro em momentos mais intimistas.
ResponderEliminarGostei de ver o retrato feito pelo seu amado amor pelo qual tanto sofreu.
Bjs
TD
Este Largo está de cada vez melhor.
ResponderEliminarBelo soneto.
Abraço
Este Largo é sempre uma (boa) surpresa ...
ResponderEliminarBeijo, Luís
Gosto muito da poesia da Florbela Espanca. Aprendi a entendê-la melhor depois de, há cerca de um ano, ter lido um livro muito interessante sobre a sua vida.
ResponderEliminarUm abraço.
Achei muito interessante este texto, sobretudo porque na última quarta feira no atelier estivemos a escrever sobre o "eu" (primeiro só traços físicos, depois a forma como pensamos que os outros nos vêem).
ResponderEliminarNão era o Manel da Fonseca que dizia que o largo era o centro do mundo? O Luis vai fazendo o que deve para que isso se lembre... e faz muito bem!
ResponderEliminarO desenho completa o poema de uma forma diria que perfeita.
ResponderEliminarÁs vezes também ando atrás de mim e não me encontro, alguém me diz estás aqui... mas eu sei que não sou eu... sou apenas o que os olhos dos outros querem ver...
Beijo
Um soneto e um desenho especial, Maria...
ResponderEliminarQuase tudo da Florbela é lindo, Maria P...
ResponderEliminarEu também, aprende-se e sente-se muito, Graça...
ResponderEliminarPelo menos sabes de cor, lindos sonetos, Teresa...
ResponderEliminarAchas Sininho?
ResponderEliminarSe tu o dizes, Isabel...
ResponderEliminarTerá sido a biografia da Agustina, Berta Helena?
ResponderEliminarCurioso, esse trabalho, Redonda, sobre o eu...
ResponderEliminarO Ti Manel era um campeão em tanta coisa, inclusive em memórias e boa disposição, Samuel...
ResponderEliminarTão enigmática, Lua, tal como a Florbela, em tantos sonetos, que nos fazem pensar, no minimo...
ResponderEliminarParabéns pelo blogue.
ResponderEliminarAtenção que a retratada era amiga de apeles, a menina das tranças que tanto aparece em fotografias de Apeles. Não é a Florbela.
Saúde.
JB