segunda-feira, julho 09, 2007

O Negócio dos Livros

O facto do empresário Paes do Amaral estar a apostar no negócio da edição de livros, não é uma coisa muito animadora, pelo menos para mim.
Se já me irrita, que uma parte substancial das editoras, em vez de andarem à procura de pessoas que escrevem com qualidade, procurem gente que tenha o "selo" de famosos ou conhecidos, e os convidem para "escreverem" livros, com a ajuda de terceiros, não sei o que virá por aí, com a ânsia de ganhar dinheiro deste senhor...
O mais curioso nisto tudo é ele ter conseguido comprar a "Editorial Caminho", desde sempre com fortes ligações ao PCP, e tendo como figura de proa o escritor José Saramago (apostado em criar a sua Fundação).
Parece que Capitalismo derruba tudo, até os valores que acabam em ADE, não é "camaradas"?

8 comentários:

  1. Não desanimes!
    Pode ser que haja lugar para todos e seja uma forma de a editora não morrer.
    Por vezes há que fazer cedências para salvar o que merece ser salvo.
    Com tanta empresa a fechar, que haja quem deite a mão a algumas, mesmo que as coisas mudem um pouco.
    Sempre se salvam, ao menos, alguns postos de trabalho. Espera-se.

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  2. Lugar para todos não há... É, como diz, um negócio... Um abraço.

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  3. Fiquei de boca aberta......
    Não ouvi uma única notícia sobre isto.....

    Beijinhos

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  4. Dizes bem...até a histórica Editorial Caminho!
    Que estranhos caminhos!
    Onde nos levarão?

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  5. Não desanino, é apenas uma constatação, Sininho.

    Não me parece que a "Caminho" estivesse pelas horas da morte. O canto da sereia do Amaral é que deve ter sido irresistivel, até para comunistas...

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  6. Pois não Graça...

    O mais grave é preferirem qualquer "borra-botas" dos "big-brothers" que existem por aí, que nem escreverem sabem, a pessoas de qualidade...

    É por estas e por outras que o país continua a pique.

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  7. Eu li no insuspeito "Jornal de Letras".

    O capitalismo selvagem avança em todos os dominios da nossa sociedade. E o mais grave, é que nunca existiram tantos monopólios como hoje, nem antes de 1974.

    Por exemplo na comunicação social antes de Abril existiam doze grupos empresariais donos de jornais e rádios nacionais, hoje só existem quatro...

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  8. Não sei onde nos levarão Rosa, mas não acredito que seja para bom porto...

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