quinta-feira, julho 04, 2024

Tempos para recordar, tempos para esquecer...


Embora seja muito cedo para se fazerem contas ou estudos, a pandemia parece-se cada vez mais com uma divisão histórica. Sabemos que não é, mas que parece, parece...

Tenho notado isso várias vezes, por pequenas e grandes coisas. Hoje voltou a acontecer, quando a minha filha reencontrou uma amiga de praia que não via há quatro anos. Eram duas adolescentes e hoje são duas mulheres.

O reencontro pareceu-me feliz, pela conversa animada. Ao longe, apenas posso dizer que cresceram um palmo, passaram da secundária para a universidade, e um dia destes acabam os cursos e passam a fazer parte da chamada "vida activa"...

Voltando à pandemia, foi um tempo terrível, em que se perdeu muita coisa, até vidas humanas. Pessoas que nunca mais vimos e que não voltaremos a ver, umas próximas outras que apenas se cruzavam connosco, nas ruas, nos cafés,  transportes públicos.

Talvez seja por isso que a sensação maior continue a ser de perda...

(Fotografia de Luís Eme - Algarve)


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