sexta-feira, fevereiro 23, 2024

"Um (Belo) Olhar Inédito" do Mestre Augusto Cabrita


Hoje passei pelo Auditório Augusto Cabrita para ver a exposição de fotografia do patrono desta Casa da Cultura do Barreiro.


Sabia ao que ia, mas ainda fiquei mais satisfeito do que pensava, ao olhar as belas fotografias de um dos grandes fotógrafos portugueses do século XX, o Mestre Augusto Cabrita, neste ano em que se comemora o seu centenário.


E trata-se de certa maneira, mesmo de "Um Olhar Inédito", com belas surpresas e uma excelente diversidade de imagens, que não se ficam pelas nossas fronteiras.

Que bom voltar ao Barreiro, por uma excelente razão.

(Fotografias de Luís Eme - Barreiro)


4 comentários:

  1. Esteve no Barreiro, em Abril de 2013, a ver a Retrospectiva do Augusto Cabrita. Ainda tem ali o catálogo com uma fotografia do Cabrita com o título «Neve no Barreiro», 1953 e uma citação do texto do António Homem Cardoso:
    «Almoçámos juntos, e estabelecemos de imediato uma amizade que não teve fim. Ficámos a conversar o resto do dia e ao fim da tarde, na despedida, perguntei-lhe: Mestre, qual é o segredo? O Augusto deu¬-me a primeira lição: Primeiro, é preciso saber olhar, depois é preciso uma tensão sobre o acontecimento. A fotografia acontece quando a vida fica suspensa e eterna.
    Depois de este mágico dia da minha vida passaram-se muitos anos. O Augusto ficou para sempre a maior referência da minha profissão e o meu melhor amigo.

    Ensinou-me a olhar, mas não me ensinou a viver com a saudade e a tristeza que o seu desaparecimento deixou na minha vida.»
    Irá voltar ao Barreiro para rever as fotografias do Augusto Cabrita. Levará no bolso um poema do Mário Castrim:

    «Volta depressa,
    caçador da luz!

    Volta para fixar
    no barro claridade
    o fruir de uma altura
    a expressão de uma asa.

    Volta depressa, Augusto.
    Sem ti é tão escura
    a nossa casa...»

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    1. Caro Sammy,

      se for ao Barreiro ver a exposição vá depois de almoço. A exposição só abre ao público às 14 horas.

      Vale mesmo a pena!

      (apareci lá de manhã e como fui propositadamente para ver a exposição, com alguma lata, bati à porta dos serviços administrativos, expliquei a situação e pude contar com a compreensão e boa vontade de uma funcionária do Auditório que abriu uma excepção e me deixou ver as magníficas fotografias do Mestre Augusto)

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    2. Obrigado, Luís, pela utilidade pública do aviso.
      Abraço

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