segunda-feira, maio 05, 2014

O País das Mulheres de Negro


Ontem não escrevi nada sobre as Mães, embora tenha festejado este dia na companhia da minha mãe.

Hoje pensei da sua condição de viúva, tal como tantas mulheres da sua geração. Nós partimos sempre antes, não apenas para abrir caminho, mas também para não termos de suportar a solidão, que é mais feminina que masculina, para lá da essência da palavra.

Talvez as mulheres de hoje não consigam suportar as agruras da vida, como as nossas mães, que nasceram num outro tempo, em que lhes estava reservado um papel (oficialmente) secundário na sociedade. 

Talvez, mas não devem ter como fugir a este destino de  durarem mais tempo e acabarem sós...

O óleo é de Guglielmo Siega.

11 comentários:

  1. Verdade amigo. Parece ser sina das mulheres sofrerem o desgosto da perda do seu amor. Talvez porque nós sejamos mais fortes para suportar as grandes dores.
    Um abraço

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  2. A minha mãe ficou cá 22 anos sem o meu pai mas o negro no vestuário não durou muito porque o meu pai deixou determinado que não nos queria "ver" de luto!
    As mulheres aguentam muito melhor a solidão!

    Abraço

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  3. ~
    ~ ~ Vou aguentando a solidão...

    ~ Sem sinais exteriores de luto.

    A vossa companhia ajuda-me muito.

    ~ ~ ~ ~ ~ A b r a ç o s. ~ ~ ~ ~ ~

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  4. são mais fortes, Elvira, sem dúvida.

    convivem melhor com a solidão.

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  5. a minha mãe também não veste o negro, o que acho muito bem, Rosa.

    a cor ilumina o coração.

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  6. faz muito bem, Majo.

    abraço

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  7. pois, se calhar as mulheres aguentam mais a solidão.

    :(

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  8. ~
    ~ Á pintura é linda!

    ~ Parece a janela de uma ilha grega.

    ~ Também tenho a felicidade de fruir de uma bela paisagem sobre o mar. É uma boa companhia.

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  9. não tenho dúvidas, Piedade.

    a solidão e a dor.

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  10. sim, é muito mediterrânea, Majo.

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