quinta-feira, julho 09, 2015

É Sobretudo uma Questão Cultural


Há vários anos que é assim, muitas pessoas só se lembram da existência do Teatro em Julho, quando o "Festival de Almada" invade a cidade (e agora também atravessa o Rio...).

Nada que me preocupasse demasiado. Até por eu continuar a não ser do teatro, pelo menos daquele que se publicita nos cartazes e programas. Mesmo tendo na minha pasta dois quadros teatrais escritos na pasta, para entregar à encenadora do Cénico Incrível, tenho dificuldade em entender o chamado teatral experimental, demasiado chato para o meu gosto.

Eu sabia que era sobretudo uma questão cultural. Eu crescera com o cinema e a literatura. Era essa a minha "educação" do mundo das culturas.

Ela falava-me com entusiasmo de várias peças, der vários encenadores. Eu abanava a cabeça, que sim. Implicava comigo por não ter comprado uma assinatura. Disfarçava e dizia que não gostava de espectáculos de massas, sem perder o sorriso. Chamava-me nomes feios.

Mais uma vez não chegámos a sitio nenhum. Nem era esse o objectivo. Gostamos sobretudo de desconversar.

O óleo é de Picasso.

2 comentários:

  1. Também gosto de ir ao teatro. E de conversar, claro...
    Um abraço, Luís.

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