É desta forma que coisas aparentemente simples, que poderiam ter respostas quase imediatas, se tornam com o tempo, autênticos flagelos sociais...
Quando olhamos e escutamos as notícias sobre a gente (quase sempre de pele mais escura...) que ocupa lugares abandonados e os transforma em "bairros", e que depois de ter andado a escapar à lei, quando são confrontados com as ilegalidades, querem que o Estado lhes resolva o problema, a primeira coisa que pensamos é na mentalidade destas pessoas, que querem ter um "estatuto especial" de cidadãos. Acham que têm de ser os poderes, locais e nacionais, a arranjarem-lhes uma casa, quanto a maior parte de nós, comprou ou alugou a casa onde vive.
Ninguém escapa a este "egoísmo" humano, até por muitas vezes sermos confrontados com situações de mero oportunismo, de gente que já tem casa e vai para estes locais, apenas para que lhes "ofereçam uma outra casa"...
Continuo a pensar que se as autoridades actuassem de imediato (em vez de assobiarem para o ar...), colocando fim a estas "ocupações", mal as pessoas se começam a instalar nestes espaços abandonados, degradados e perigosos, se evitavam muitos destes problemas, que crescem quase como cogumelos.
Claro que o problema central continua a não ser este. Nem é apenas a falta de casas. É sim, um outro "oportunismo" de todos aqueles que têm casas para alugar ou vender, e que o tentam fazer pelo maior valor possível...
Eu sei que é a "lei da oferta e da procura" a funcionar, mas...
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
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