sexta-feira, setembro 13, 2024

Governantes que passam o tempo a "brincar com o fogo" (ano após ano)...


Este título não é para seguir, de uma forma literal, mesmo que este Setembro ventoso, esteja a trazer de volta o drama dos fogos, de Norte a Sul. 

Falo de ministros que fingem resolver os problemas, seja na Educação, na Saúde ou na Justiça. De ano para ano, vemos que os problemas anteriores, não só se mantêm, como se agravaram.

Pergunto: como é que é possível, que num país que na actualidade se debate com a falta de professores, continue a ter os problemas de sempre, na sua colocação? Com gente a ter de continuar a dar aulas, a 200 e 300 quilómetros de casa. É no mínimo, vergonhoso.

Fala-se que cada vez se nasce menos no nosso país (sei que os emigrantes têm equilibrado a "balança", felizmente...), como é que é possível assistirmos todas as semanas a problemas graves (com mães e filhos em risco...), a episódios caricatos, com ambulâncias a deslocarem-se para mais que um hospital (chegam a percorrer mais de 200 quilómetros...) que não estão preparados para receber grávidas? O curioso, é que ao mesmo tempo que se fecham serviços públicos no SNS, surgem novos hospitais e clinicas particulares em praticamente todos os distritos...

Como é que possível que os ministros da justiça e da administração interna, não consigam resolver os problemas com os agentes policiais e os guardas prisionais, tratando-os como meros funcionários públicos? Eles têm funções especiais, pelo que devem ter um tratamento também especial, para que não aconteça o que acontece hoje: não se vê um agente na rua (a excepção são os polícias municipais nas cidades grandes...), cuja presença física também dava um forte contributo na segurança dos cidadãos. E quando um guarda prisional nem sequer se dá ao trabalho de olhar para as câmaras de vigilância da prisão (seja por falta de pessoal ou de vontade), está tudo dito...

É uma vergonha a falta de sentido de estado dos nossos ministros (sejam eles sociais democratas ou socialistas). Salvo raras excepções, nota-se que estão mais vocacionados para "cortar fitas" e vender "banha da cobra", que para resolver os problemas graves que se avolumam, ano após ano, nos seus ministérios.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


6 comentários:

  1. «Com gente a ter de continuar a dar aulas, a 200 e 300 quilómetros de casa. É vergonhoso»
    A escola a casa dos professores, já!

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    1. (às vezes penso que sou um bocadinho "burro" para não perceber os comentários do José...)

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  2. Uma verdade tão grande que até dói!

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    1. É mesmo, Tintinaine.

      Tanto desperdício de dinheiro que é feito, para que fique tudo na mesma ou pior, seja na educação, na saúde ou na justiça (é o que mais nos dói...).

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  3. Será a democracia a funcionar? Como estes democratas não se cansam de repetir...são uma VERGONHA, uns TRISTES.

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    1. Só é a democracia a funcionar quando os elegemos, Severino. Depois torna-se outra coisa qualquer, interesseira e pouco séria.

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