sábado, setembro 19, 2020

A Vida Tonta de um Treinador do "Pontapé na Bola"...


Quando olho para a vida de um treinador de futebol, fico sempre com a sensação de que ele tem de ter dentro de si muitas coisas diferentes do sujeito que chamamos "cidadão comum". 

A maior de todas deve ser um amor desmedido, ao jogo do "pontapé na bola". Sim, uma paixão. E como costume acontecer com todas as paixões, acabam por se tornar doentias, ao ponto de poderem ser confundidas com qualquer uma das várias "dependências" fatalistas que nos cercam. 

Algumas pessoas mais materialistas, podem pensar que eles correm é atrás do dinheiro que ganham (e alguns ganham autênticas fortunas...), mas é muito mais que isso.

Acredito que não há dinheiro que pague a forma como vivem o seu dia-a-dia, Vivem quase perdidos num "carrossel" imparável. Sobem e descem; ganham e perdem; caem e levantam-se. São idolatrados quase ao mesmo ritmo que são insultados. E esta variação até pode ser inferior a uma semana. São colocados domingo no olimpo para na quinta-feira seguinte serem devolvidos  a qualquer "caixote do lixo". Sim, são sempre os primeiros a "cair". Se as vitórias costumam ser divididas por todos, jogadores, dirigentes, treinadores e até roupeiros, as derrotas só cabem no fato do treinador...

Talvez o treinador se sinta dentro de um filme ou de um livro... e nunca acredite que é o melhor do mundo, na mesma medida que também sabe que não é o pior treinador do planeta...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)

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