quinta-feira, julho 03, 2014

Na Verdade, Podemos ser Grandes e não Ser Grande Coisa...


Não sei se é da idade, ou se J. Rentes de Carvalho sempre foi assim, alguém que é capaz de "disparar" com as palavras, em todas as direcções, como os fulanos do velho Texas faziam com as balas.

Desta vez resolveu "disparar" contra os comentadores da blogosfera, com o texto, "Da Superficialidade", publicado hoje no seu "Tempo Contado", que transcrevo integralmente:

«É um mundo que apercebo nos blogues, aquele dos comentários, mas que por inteiro escapa ao meu entendimento, feito que é de fórmulas, dizeres cifrados e obscuras alegorias, querendo dar ideia de que os seus autores partilham subtilezas da vida e do pensamento reservadas para iniciados.
Talvez assim seja, mas para quem como eu está de fora, ganha aquilo um ar de bisbilhotice comadresca, a futilidade que se imagina nos espíritos com um QI ao redor de 80, o banal das conversas sobre o tempo, a carestia, os desarranjos intestinais ou a melhor do Sousa.
A pergunta fica: que gente é aquela, que certamente funciona num emprego, tem deveres de família, vai às compras e ao teatro com ar de normalidade? Que ânsia de presença de afirmação os move? 
Será que, tendo-se em baixa estima, sentindo-se ínfimos e inúteis, se salvam dizendo: comento, logo existo?»

Não concordo nada  com ele, neste e noutros aspectos. Aliás, embora goste dos seus livros e passe pelo seu blogue, estou longe de ser adepto da má língua e da insinuação (como foi este caso...), que por vezes usa no seu "Tempo Contado".

Embora tenha a caixa de comentários fechada, tenho pena que ele não tenha percebido que ela existe sobretudo para dar a palavra a todos aqueles que queiram opinar sobre o que escrevemos, de uma forma directa. E é normal que se criem laços de cumplicidade e até alguma familiaridade na forma como nos tratamos.

Respondendo à pergunta com que J. Rentes de Carvalho encerra o texto, direi que a maior parte das pessoas que comentam, são pessoas normais, que gostam de ler, de escrever e de manifestarem a sua opinião, independentemente do seu QI, da sua profissão, sexo ou credo político e religioso... 

7 comentários:

  1. J. Rentes de Carvalho pode ter alguma razão, mas não toda. Quem comenta tem a liberdade de dizer o que sente e não há quem possa censurar...
    Um abraço, Luís.

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  2. Não percebi qual o problema J. Rentes de Carvalho nem vou tentar perceber. Neste caso prefiro mesmo ficar na ignorância :)

    bjs

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  3. José Saraiva04/07/14, 00:09

    Louvo a sua coragem, ao confrontar um dos escritores da moda, que por ter ultrapassado os 80 pensa que pode dizer tudo o que lhe apetece.
    O senhor Carvalho adora passar atestados de estupidez a toda a gente. Paciência.

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  4. Eu acho que ele tem razão.
    Noto que neste mundo dos blogues, há pessoas que aparecem a fazer comentarios e normalmente estão sempre de acordo com o autor. Isso é mais notório quando conhecem o "dono" do quiosque.
    Então o último parágrafo do texto de Rentes de Carvalho não podia estar mais de acordo. O seu comento, logo existo, é um facto. Se calhar é um assunto que o Luís ainda não tinha pensado. Não é um tema filosófico é psicológico. É que esta coisa da interacção de pessoas através deste meio,resolve problemas de invisibilidade. Nós queremos ser vistos e desejamos que os outros saibam que existimos.

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  5. Gostei muito da opinião neste texto que é também minha...e assim posso continuar a comentar :)
    um beijinho
    Gábi

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  6. grato pelos comentários,Graça, Rita, Saraiva e Gábi.

    sou vou responder ao Carlos, porque ele gosta de ser controverso.

    eu normalmente falo por mim, não falo pelos outros, Carlos. como comento o que penso (sem procurar estar de acordo com o "dono do estaminé", como tenho feito no seu "Eloquente", tenho de estar contra as palavras de Rentes de Carvalho, que adora fazer juizos de valor sobre os outros.

    e também não estou contra a amizade que se estabelece entre as pessoas, que faz com que sejam agradáveis, mesmo quando não gostam do que lêem. é preferível ao insulto gratuito. aliás foram as palavras insultuosas que fizeram com que muitas das caixas de comentários passassem a ser moderadas.

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  7. fui lá ler, e também não concordo, mas acho que há certas pessoas que devido ao seu estatuto, acho que podem dizer (escrever neste caso) tudo, e que está tudo bem, eu não acho, mas enfim...

    gostei de ler-te...

    :)

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