sexta-feira, julho 04, 2014

Os Nomes que Não Escolhemos


O Carlos falou-me das mulheres que conhecera com nomes estranhos. O maior de todos era Pulquéria. Não lhe encontrava ponta por pegar, embora soubesse que o seu significado estava ligado à beleza feminina. Também conheceu uma Natércia, várias Zulmiras e até uma Leopoldina.

Sorrimos com alguns nomes, inclusive masculinos, que por sorte ou bom gosto dos nossos pais, não faziam parte das nossas vidas.

Eu que em princípio tinha dito que não conhecia mulheres com nomes estranhos, tive de recuar e lembrar-me de uma namorada de Verão, que era a Dina. Ela escondia sempre que podia o seu verdadeiro nome. Aliás só o soube porque a irmã quando estava chateada com ela, adorava chamar-lhe Leopoldina. Soube depois que "herdou" o nome da madrinha, por imposição familiar...

E lembrei-me que também conheço uma Vina, que detesta ser Silvina.

Tal como não escolhemos os nossos pais, também não escolhemos os nomes próprios. E ainda bem, senão a vida perdia a graça.

O óleo é de Ofélia Kisling.

4 comentários:

  1. Se eu escolhesse o meu nome de certeza não escolheria Elvira, escolhido pela madrinha que se chamava assim, mas provavelmente também não escolheria Salete que era o nome que os pais tinham escolhido para mim, muito menos Gravelina, que era o nome da minha mãe, ou Marinha que era o nome da bisavó materna. Tenho duas amigas com esse diminutivo de Dina. Uma chama-se Armandina, a outra Ondina.
    Um abraço e bom fim de semana

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  2. pois é verdade e acho que ninguém gosta do seu nome.

    e afinal é só um nome!

    :)

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  3. «Ó, ó Pulquéria da Silva e Abreu
    Ninguém te ama mais do que eu...»

    Havia uma canção nos idos de 60 que começava assim...

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  4. Já sentia saudades destes textos.

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