No mundo da política é onde se notam mais "atropelos" e onde se afastam com mais nitidez os "melhores" (normalmente ainda na base da pirâmide...). O normal é vermos várias pessoas serem nomeadas para altos cargos governativos, sem que seja visível qualquer mérito ou qualidade técnica e humana, para o seu exercício. Passa-se o mesmo a nível empresarial, onde os pais continuam a proteger os filhos e a guardarem-lhes lugares nas administrações e nos escritórios. Estes exemplos vão descendo até às chefias medianas, onde é mais fácil a qualquer "lambe-botas" chegar ao comando de qualquer secção, que aos funcionários que dão nas vistas, graças à sua competência e conhecimento técnico.
Embora saiba que as regras de acesso a todas profissões devem ser respeitadas, faz-me confusão que depois de algumas pessoas demonstrarem grande qualidade nas suas funções, continuem a ser perseguidas, com o argumento que lhes falta um "canudo" qualquer ou o "curso", que muitas vezes só abre para quem "eles querem...". Claro que é a inveja que dita a maior parte destas perseguições. Os medíocres só gostam de se verem rodeados de gente ainda mais medíocre...
Foi por tudo isto que adorei a resposta que o treinador do Sporting, Rúben Amorim, deu ao presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, José Pereira (que nunca passou de um treinador mediano...). Este disse, "Quem anda a tirar a carta de condução não está apto para conduzir, Amorim foi extremamente feliz com o argumento que utilizou, na resposta: "O Miguel Oliveira não tem carta e safa-se muito bem na sua vida. Vale o que vale."
E fico-me por aqui, com o Rúben, e com todos aqueles que enfrentam diariamente, sem medo, os "medíocres".
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Não conheço o Presidente do Sindicato dos Treinadores, José Pereira, mas das poucas vezes que o ouvi falar não fiquei com uma ideia nada favorável, bem pelo contrário.
ResponderEliminarDetesto "corporativismos", Severino. E a classe dos treinadores sempre deixou muito a desejar...
EliminarE como há poucos clubes para tantos treinadores, estão sempre a querer "o mal aos outros". À primeira derrota começam logo a movimentar-se à volta do "clube perdedor"...