Eu sei que o amanhã é apenas o dia seguinte, ainda que seja o primeiro de Janeiro de um novo ano, 2011, e que durante uns dias, sempre que escrever o ano, vou continuar "agarrado" ao ano velho.
Quando a hora chegar vou ouvir buzinas, tachos e panelas, fogo de artificio, gritos de alegria e muita música. Vou-me esquecer, mais uma vez, de vestir cuecas azuis, também não vou subir para nenhuma cadeira e ficar a acenar com notas grandes de euros.
Pois é, estou longe de ser um modelo de virtudes, até sou um bocado "estraga-prazeres", nestas festarias.
Claro que quero que as coisas mudem. Claro que tenho alguma esperança, mas...
Também preciso de mudar algumas coisas cá em casa, especialmente no campo da organização. É um perigo sermos "patrões" de nós próprios (tanta coisa que fica por fazer...). Felizmente estas mudanças dependem mais de mim que dos outros.
No que toca às "dependências" externas, tudo o que desejamos soa a impossível.
Acho que todos gostávamos de ter governantes sérios e competentes (talvez existam em Marte...), que o emprego não fosse uma miragem e que este "capitalismo selvagem" que nos está a levar quase para os tempos da "revolução industrial", fosse banido de vez, por um sistema político mais justo e humano.
Esta parte final quase que parece "discurso de misse mundo", mas acho que é o que todos desejamos e sentimos, especialmente quem já sentiu ou está a sentir o flagelo do desemprego.
Pelo menos ninguém nos proíbe de acreditar no impossível, num 2011 melhor que este "ano de merda", que está quase a passar á história.
(no inicio era só para vos desejar um bom ano a todos, mas depois comecei a escrever e deu nisto...)
O óleo é de Michael Parks.