Sandy, uma daquelas raparigas que vão para todo o lado, mas nunca para o céu, como na canção, abanou as torres de Manhattan e transformou as ruas em autênticos rios.
Ao ver as imagens da tragédia pela televisão, lembrei-me de Lisboa e também desta Margem Esquerda do Tejo. Como resistiriam?
E lá fiz um desenho...
As ruas da Baixa não deviam ficar muito diferentes de Veneza, embora lhe faltasse o encanto das gondolas. Alguns prédios, com a marca pombalina, abraçavam a perigosa Sandy e deitavam-se ao seu ritmo. O mesmo devia acontecer aos velhos armazéns do Ginjal, fazendo jus às placas de aviso de derrocada, colocadas à "séculos" pelo Município e pelos "donos" do porto de Lisboa.
E nada seria como dantes. Em vez de semanas, precisávamos de largos meses para voltar à vida quase normal...
E nada seria como dantes. Em vez de semanas, precisávamos de largos meses para voltar à vida quase normal...
O óleo é de Deborah Beown.