Sei que não sou o último, nem tenho intenções de fechar a porta. Mas admito que houve (e deve continuar...) uma grande debandada da blogosfera para o "faicebuque".
É por isso que alguns amigos continuam a insistir e a querer "vender" o produto (e logo agora, que ando cada vez mais avesso a vendedores de tudo, até de banha da cobra...), como se fosse a nona maravilha do universo.
Teimoso como sou (e por vezes "burro", admito...), limito-me a sorrir e a abanar a cabeça, para depois falar do tempo, esse gajo intratável e maldito, que vai roubando minutos às horas, sempre que pode, e dizer que tenho outras coisas para fazer na vida, para além de usufruir do virtuosismo da virtualidade. Os blogues chegam (e não são apenas quatro, Ana, há também o da SCALA...).
Embora não tenha a posição radical do Miguel Sousa Tavares, não gosto da forma como se chega ao outro e das suas proporções (grandes demais para mim...) e dos seus exageros.
A prática do jornalismo e da investigação histórica, fizeram com que me tornasse ainda mais rigoroso. E como tal, não me apetece entrar em discussões, das quais uma boa parte das pessoas que opinam não sabem o que estão a dizer. E outras sabem mas mentem, ostensivamente.
Um bom exemplo foi o que aconteceu durante uma discussão no "faicebuque" (para a qual fui convocado por e-mail") sobre a equipa de iniciados do Caldas, da qual fiz parte, tendo como companheiro José Mourinho, entre outros amigos. Quando comecei a ler o que tinham escrito fiquei perplexo, pois já estavam a comparar o Mourinho dos nossos dias com o adolescente de quinze anos, chamando-lhe arrogante, vaidoso, ao mesmo tempo que diziam que até era suplente, entre outros mimos ainda mais desagradáveis...
Claro que não deixei nenhum comentário, porque se o fizesse teria de chamar mentirosos, a todos aqueles que tinham entrado na "festa" (inclusive alguns dos que tinham jogado connosco...), porque o Zé Mourinho desses tempos era um excelente companheiro, sem qualquer tique de vedetismo e foi sempre titular (penso que só não jogou um fim de semana, no qual ficou em Setúbal, onde vivia...).
Reconheço que este até é um exemplo corriqueiro, que não mexe com a honra de ninguém. Há casos bem mais graves...
Ou seja, gosto pouco da forma desonesta e até ofensiva, como de comenta neste meio de comunicação, onde facilmente se confunde liberdade com libertinagem, tal como se faz nas caixas de comentários dos jornais.
E é por isso que digo: "faicebuque", não obrigado.
O óleo é de Lídia Simeonova.