Ninguém diria às primeiras, que aquele homem, facilmente confundido com um operário, graças às marcas de pó branco, nas peças de roupa, no cabelo e até nos seus óculos redondos, era um artista genial, capaz de pegar num pedaço de pedra e oferecer-lhe, entre outras coisas, um corpo de mulher, com todas as curvas possíveis e imaginárias.
Recordo sobretudo a sua autenticidade e o seu sentido de humor. Tantas histórias contadas dentro e fora das suas estátuas, de tamanhos diversos. Tanta vida vivida, tanto amor à liberdade...
João Cutileiro deixou-nos hoje. Felizmente a sua obra irá permanecer séculos e séculos entre nós (a pedra dura mais de mil vidas...). Neste caso particular, trata-se de uma obra singular, da qual tanto se pode gostar como detestar.
E uma das melhores coisas, para qualquer artista, é não deixar ninguém indiferente...
(Fotografia de Luís Eme - Parque das Nações)
Acho que a imagem de João Cutileiro ao longo da sua vida foi uniforme.
ResponderEliminarBela homenagem!
Sim, o João foi um artista inteiro, que acreditou sempre nos seus ideais humanistas e na sua arte, nunca se deixou "partir" ou "repartir", Alexandra.
EliminarBonita homenagem. Penso que ele sempre foi assim. Um artista genial e um homem simples.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Uma boa parte das pessoas grandes são simples, Elvira.
EliminarSegui atentamente na RTP2 uma reportagem sobre ele.
ResponderEliminarA sua obra cá ficará a atestar a sua genialidade!
Abraço
Um artista não pode nem deve fazer concessões, Rosa, nunca.
EliminarJoão Cutileiro é um grande exemplo de um artista livre, que foi sempre apenas atrás do seu génio.