Hoje descobri uma nota de mil escudos especial, na secretária de um amigo. Quando ele viu que gostei da ideia e do humor, disse que podia ficar com ela, acrescentando que tinha outra em casa.
Não me lembrava daquele tempo, nem do "D. Sá o Sacador".
Quando Sá Carneiro faleceu eu tinha dezassete anos e se havia coisa com a qual não perdia tempo era com a política. Só o fui conhecendo depois, e posso dizer que a história não lhe foi ingrata, não só por ter morrido de uma forma trágica, mas também por respeitar um homem especial, pequeno e corajoso, pouco português, diga-se de passagem.
Viveu um "amor proibido" às claras, com a bonita Snu Abecassis, dando o "peito às balas", contrariando a prática de então: manter o casamento de fachada e dar umas voltas com a amante.
Mas no que era mais admirável, era dar apenas seis meses aos seus ministros para culparem os seus antecessores dos erros cometidos. Também aqui não voltou a ter seguidores. De certeza, que daqui a um ano, os governadores "salvadores da pátria", ainda vão andar por aí a culpar Sócrates e companhia, das suas asneiras...