domingo, dezembro 29, 2019

Somos Bons a Olhar para o Lado e a Brincar às Escondidas com a Realidade


Sei que este título que escolhi, podia alimentar uma boa prosa sobre tantas coisas (da saúde ao ambiente)...

Mas vou escrever sobre algo que está quase esquecido, o acordo ortográfico, que só parece servir a meia dúzia de iluminados, que já deviam ter percebido que basta de se "fingirem de mortos", e que é mesmo necessário discutir e alterar algumas coisas, aberrantes, que não fazem bem nenhum à língua portuguesa. 

Pensava que o bom senso prevaleceria, e que os promotores do acordo seriam sensíveis e que alterariam no tempo certo o que mais fere o português. Vou dar apenas cinco exemplos, que na minha cabeça não fazem qualquer sentido: o Egipto precisa do pê, tal como o espectador do cê, o óptico do pê, o facto de outro cê e  o pára do assento no à.

Alguns defensores do acordo até foram capazes de dizer que quem estava contra, era apenas uma elite cultural. E que eram sempre os mesmos que se manifestavam publicamente contra a nova grafia. Neste último ponto podem ter razão, mas apenas porque a comunicação social só dá visibilidade a quem é conhecido.

Lamento muito o cinismo e a hipocrisia de quem fez este acordo (está quase a chegar aos vinte anos...), que nem sequer é capaz de "dar o braço a torcer", e tentar fazer algo de positivo pela Língua Portuguesa.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

terça-feira, dezembro 24, 2019

Boas Festas para Todos



(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

domingo, dezembro 22, 2019

A Natureza, Sempre Indomável...


Sei que ainda há por aí quem pense que pode "domar" a natureza... Mas o que aconteceu no nosso país, em apenas uma semana (até menos...), transformando um "país seco" num "país molhado", devia servir para muito mais que simples reflexões momentâneas...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)

sexta-feira, dezembro 20, 2019

Heróis de Todos os Tempos


Assustam-me as generalizações e a forma como tratam algumas figuras da nossa história. 

Gostava que Afonso Henriques fosse menos "o filho que bateu na mãe" e mais o "conquistador". Mas desta vez os alvos da "troça" eram dois homens de letras (Gigantes)...

E por muito que tentasse, nunca iria convencer alguém, que acha que Luís de Camões e Fernão Mendes Pinto são melhores contadores de mentiras que de histórias. 

Mas também não iria querer gastar qualquer "palavra de latim", com gente incapaz de perceber que a imaginação está muitas vezes, mais próxima da verdade, que os muitos tratados históricos, da autoria dos "escribas da corte", que se limitavam a registar os gostos, as vontades  e os sonhos da realeza...

Foi neste momento que pensei que era giro que o Tarantino descobrisse (e gostasse mesmo a sério deles...) estes dois "Trinca-Fortes" e transformasse as suas aventuras em cinema, mesmo que virasse o Oriente de pernas para o ar.

(Fotografia de Luís Eme - Tejo)

quinta-feira, dezembro 19, 2019

Lisboa e Este Tempo Mentiroso...


Não, não vou falar da visita da "Elsa", nem no rasto que deixou por aí. Sei que se ligar a televisão e perder-me pelos canais de notícias mais fatalistas, haverá notícias trágicas quase para todos os gostos, do muito e pouco que se passou por essa madrugada fora.

Vou sim abordar o tempo que está dentro dos relógios, os minutos que têm menos segundos e as horas que têm menos minutos. Alguém resolveu "dar corda à vida" e ela não consegue girar mais lentamente, por  muito pouco que seja. Às vezes até parece um "carrossel mágico" de qualquer filme  vocacionado para desafiar o perigo, impossibilitado de reduzir a sua velocidade...

É por isso que sabe bem andar em busca de outra cidade, nostálgica e romântica (cuja existência quase que só é permitida nos livros e filmes...), recordar os nomes de ruas e pracetas, colar-lhes um e outro rosto, ver na agora barbearia moderna o café que se enchia diariamente de pessoas, de palavras e de fumo... 

Talvez devesse ficar aliviado por as gentes com quem me cruzo, não me oferecerem nada de melancólico, com os seus cabelos claros e roupas leves, mesmo em Dezembro. Substituíram as mulheres com lenço na cabeça, meio curvadas pelo peso do saco das compras diárias e os homens com barba por fazer e cigarro no canto da boca, em busca de qualquer trabalhito de última hora (mas não consigo, porque vivo preso à literatura e ao cinema...).

Tanta coisa que foi roubada pelo "progresso". Nem o buraco na calçada, quase à porta da boa da Graça, que era bom para se lavar os sapatos no inverno, escapou... 

Se por um lado finjo que não ando em busca "do tempo perdido", por outro, sinto que o meu relógio está avariado há já algum tempo...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

terça-feira, dezembro 17, 2019

A Realidade é Tramada...


Não sabia se era exactamente assim, apesar da Laura insistir que o hábito de as pessoas fingirem na vida, acabava por as levar a experimentar os palcos, embora ela dissesse que falava por experiência própria.

«Se já tens de representar na vida, porque não fazeres disso profissão, e ainda ganhares bom dinheiro?»

Esta parte fez com que fizesse algumas caretas, e a trouxesse de volta ao "mundo",  onde eram muitos poucos os actores que ganhavam o tal "bom dinheiro". A maior parte limitava-se a "sobreviver". Outros nem isso. 

A realidade é quase sempre tramada...

Nem precisei de lhe recordar que, tínhamos passado por um cartaz de uma imobiliária, onde estava a fotografia e o nome de uma mulher que quando era mais jovem quis ser actriz... Ou que o empregado de mesa do lugar onde tínhamos almoçado, chegara a fazer parte de uma companhia de teatro, antes da famigerada "troika"...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

segunda-feira, dezembro 16, 2019

Mais uma "Facada" no Jornalismo...


A demissão de Maria Flor Pedroso, como directora da informação da RTP, é apenas mais uma "facada" no jornalismo, que se dizia livre e pluralista, transformado numa coisa diferente, que já não consegue fugir do mundo do espectáculo e da "guerra" das audiências.

É possível que muito boa se reveja nas "justiceiras" televisivas, com rostos e nomes (Ana Leal, Alexandra Borges, Sandra Felgueiras ou Tânia Laranjo), que gostam de montar reportagens  cheias de pontas soltas, porque o que é realmente importante é apontar o dedo a alguém, tendo quase sempre como base, as famosas  "denúncias anónimas"...

É assustador o gosto que os portugueses continuam a ter pelo papel cobarde, do "bufo"...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

domingo, dezembro 15, 2019

O Adeus da "Musa de Godard"


Anna Karina, actriz e escritora, companheira e musa de Jean Luc Godard, deixou-nos ontem.

Gostei particularmente da crónica de hoje de João Lopes no "D. Notícias" (que transcrevo com a devida vénia), que ainda por cima faz de tema principal um filme realizado no ano em que nasci:

«Em Viver a sua Vida (1962), um dos filmes em que foi dirigida por Jean-Luc Godard, então seu marido, Anna Karina interpreta Nana, uma prostituta de Paris. Trata-se de um dos momentos em que Godard integra o tema da prostituição nas suas narrativas, direta ou indiretamente expondo a mercantilização do corpo e o esvaziamento da alma como componentes viscerais do "progresso" nas sociedades modernas. Ao tema regressaria, por exemplo, em duas produções de 1967. Duas ou Três Coisas sobre Ela e Antecipação (episódio da longa-metragem A Mais Antiga Profissão do Mundo, também com Karina) ou Salve-se quem Puder (1980).
Seja como for, convém lembrar que não há em Viver a sua Vida nada que se possa confundir com a sociologia de bolso que, hoje em dia, muitas vezes, vai pontuando as mais banais narrativas (cinematográficas e televisivas) que se escudam na "gravidade" dos respectivos temas. Ao filmar Karina como Nana, Godard constrói uma das mais belas confissões de amor que a história do cinema regista  em última instância, Viver a sua Vida é uma crónica intimista sobre o olhar do cineasta face a uma mulher.»

(Fotografia de Ghislain Dussart)

sábado, dezembro 14, 2019

Uma Travessia (quase) Esclarecedora


Eu sei que quando passamos quase diariamente por alguns lugares, deixamos de ter sentido crítico e discernimento, para lhes oferecer um retrato fidedigno.

Ou seja, nem sequer pensamos em diferenciar a monumentalidade do Terreiro do Paço (uma praça que honraria qualquer Capital Europeia...) da vulgaridade do Largo de Cacilhas (que há muitos anos, deixa bastante a desejar...).

Não era preciso ter no centro a estátua do D. José, do seu cavalo garboso e de toda a animação artística à sua volta, mas poderia ser outra coisa, como era o entendimento do meu Pai e também agora da Joana e do Pedro, bem mais agradável, para receber todos aqueles que querem vir dar uma volta até à Outra Banda.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

sexta-feira, dezembro 13, 2019

Ler nos Olhos e nas Palavras...


Talvez a senhora da loja tenha razão. Ela não disse, "somos um país de velhos e de doentes", por acaso.

Ela sabe quem são as pessoas que a visitam e as coisas que dizem...

E depois sobram os outros, que gostam da sexta-feira, seja ela 13 ou 14. Porque significa o fim do "pesadelo", de segunda a sexta, geralmente mal pago, com rotinas a mais... Sorriem vezes demais sem vontade e olham sem ver, porque é quase sempre tudo demasiado igual.

É por isso que é bom pensar que amanhã é sábado, como disse a Cláudia...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)

quinta-feira, dezembro 12, 2019

As Paredes do Ginjal em Constante Mutação...


As paredes dos velhos armazéns, restaurantes e casas de habitação do Ginjal, em ruínas há décadas, oferecem, involuntariamente, espaço para albergar mais de uma centena de desenhos - ou simples riscos - de artistas de ocasião e também de muita gente de gosto duvidoso.

Percebe-se que é um zona "sem lei", ao ponto de ser normal, que com o intervalo de apenas uma semana (e por vezes até menos), surjam novas pinturas nas paredes, ignorando os "artistas" e a "arte" colocada anteriormente em exposição pública.

De longe a longe encontro um artista com a "mão no spray". Foi o que aconteceu ontem...

(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)

quarta-feira, dezembro 11, 2019

Campeões Dentro e Fora dos Estádios


Rogério "Pipi", deixou-nos há poucos dias, com noventa e sete anos. Foi um extraordinário avançado benfiquista e uma simpatia de pessoa.

Não disse nada no dia, porque pensei que ao falar dele, teria de falar de pelo menos mais três grandes futebolistas, da sua geração e que ainda tive o prazer de conhecer graças ao jornalismo. Falo de Guilherme Espírito Santo, José Travassos e Jesus Correia.

Embora jogassem num tempo em que o profissionalismo dava os primeiros passos (todos eles tinham uma segunda profissão, mesmo que fosse quase "fictícia", pelo menos enquanto brilhavam nos estádios...) e não ganhassem milhões, eram pessoas muito gratas ao futebol, por tudo o que este lhes dera, e também aos seus clubes de coração (era o tempo do "amor à camisola"...).

terça-feira, dezembro 10, 2019

A Carga Ideológica da Cultura


Há já alguns anos que se tenta esbater a existência da "esquerda" e "direita" na nossa sociedade, como se isso fosse natural, e uma consequência da evolução dos tempos.

Só que infelizmente, pelo menos no nosso país, o "fosso" entre ricos e pobres tem aumentado, ou seja, os ricos são cada vez são mais ricos e os pobres mais pobres. Logo, continua a fazer todo o sentido, que existam ideologias antagónicas, para defender causas cada vez mais extremadas.

Ultimamente também se tem falado  da reconstrução de uma "cultura de direita" (a propósito da crise da direita no campo político...). 

É uma questão que não é tão inocente quanto nos poderá parecer. Como neste espaço não é muito desejável divagar (escrever um texto longo e chato...), de uma forma simplista, digo que tenho muitas reservas em relação ao que pensam, e defendem, os "reconstrutores" de uma cultura de direita. Segundo a minha perspectiva, o que é pretendido é o regresso a "uma cultura dos salões", dirigida a uma elite, "endinheirada e brazonada", que gostava de se passear por estes lugares com vestidos de noite e  fatos de gala.

Continuo a pensar, e a defender, que a Cultura, tal como a Educação e a Saúde, além de serem um direito, deverão estar ao alcance de todos, por muitas cócegas que façam às "famílias" que continuam a acreditar que existe "sangue azul"...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

segunda-feira, dezembro 09, 2019

"Bestas Quadradas" ao Volante nas Estradas e no Facebook...


A frase foi dita com raiva e repulsa, por um homem de meia-idade, que quase era atropelado quando se preparava para atravessar uma passadeira, a meia-dúzia de metros de mim:

«Hoje onde se encontram mais bestas quadradas é ao volante nas estradas e no facebook.»

Claro que ele estava a exagerar. O que não faltam por aí são "bestas quadradas", sem carro e sem facebook...

Até porque se o homem não parasse era atropelado (o condutor à velocidade que vinha não ia conseguir parar o carro...) e a "besta quadrada" podia tornar-se um assassino, como tantos que acham que o "volante é uma pistola".

Mesmo assim achei curiosa a associação...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)

domingo, dezembro 08, 2019

No Ensino em Portugal Só deve Haver uma Língua Portuguesa (a Mãe...)


Por muito que isso possa dificultar o trabalho dos estudantes  de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe ou Timor, no nosso país só existe uma língua oficial, o Português de Portugal.

Quando um estudo promovido pelo CIES (Centro de Investigação e Estudos Sociologia) e pelo IGOT (Instituto de Geografia e Ordenamento do Território), da Universidade de Lisboa, conclui que: há choque de culturas, casos de discriminação, não aceitação da língua portuguesa falada por estudantes lusófonos, ou falta de sensibilidade dos professores; à excepção do último ponto, não descubro problemas de maior.

Estamos em Portugal, muito mal seria se começássemos a ensinar o Português que se fala nestes países (a maioria dos quais nem sequer obedece ao novo acordo ortográfico, ainda que uma das teses dos seus grandes defensores tenha sido "uma língua única para toda a comunidade lusófona"...), em detrimento da Língua-Mãe.

Escrevo isto, na defesa da nossa identidade como Povo, sem ir atrás de qualquer "nacionalismo bacoco".

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

sábado, dezembro 07, 2019

Há Mensagens Simples, que Dizem tudo...


Se há imagens que valem pelas tais mil palavras, este cartaz é uma delas.

Com uma simplicidade desarmante, obriga-nos a olhar e a pensar na realidade que nos cerca, na gente que não se consegue adaptar a um mundo de iguais (nos direitos) e a aceitar as diferenças...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)

sexta-feira, dezembro 06, 2019

O Clima na Ordem do Dia


Podem chamar os nomes que quiserem à Greta (Thunberg), a adolescente do Norte da Europa, mas há algo que não lhe vão conseguir tirar: o ter conseguido colocar a questão climática na ordem de todos os dias, pelo Mundo inteiro. 

Mas ela não se ficou por aqui, tem "arregimentado" a juventude de todos os continentes, para um problema que é de todas as gerações, embora se saiba que serão os mais jovens (mesmo os que ainda não nasceram...), quem mais irá sofrer no futuro, por se continuar a adiar medidas, que já são urgentes há pelo menos uma dúzia de anos.

O grande problema continuam a ser os políticos das principais potências mundiais, reféns do capitalismo e, por isso, incapazes de fazer o que deve ser feito.

(Fotografia de Luís Eme - Tejo)

quinta-feira, dezembro 05, 2019

O Fado Hoje é de Alfama...


Não estava muito interessado em entrar na discussão sobre a paternidade do fado. Enquanto os "alfacinhas" trocavam argumentos e traziam para a mesa os bairros históricos com retiros de fado (Bairro Alto, Mouraria, Bica, Madragoa e Alfama), eu pensava o quanto eram estúpidas estas tentativas de sermos os primeiros em qualquer coisa (e como nós somos bons nisso, o "Guiness" que o diga...).

Apeteceu-me dizer-lhes que por muito que se esforçassem, o fado hoje era de Alfama. Ponto final. E que não era por acaso que o Museu estava onde estava... Mas fiquei em silêncio, a folhear uma revista semanal, até descobrir "As doces memórias de Alice Vieira"...

(Fotografia de Luís Eme - Alfama)

quarta-feira, dezembro 04, 2019

O Melhor Observatório Humano do Mundo...


Eu sei que a rua é o melhor observatório humano do mundo, para quem gosta de escrever e de agarrar "personagens", pelas mãos e pelos pés.

Se olharmos para as pessoas com cara de quem está longe... Sim, até pode parecer que estamos em qualquer avenida de Nova Iorque (não desisti de aparecer, apesar de dizeres que o cheiro das ruas é bem pior que o da velha cocheira do "Zé Narciso"...), as pessoas desinibem-se e representam a vida, quase como ela é... mesmo quando fingem que são melhores actores a actrizes na novela que passa dentro das suas cabeças, que na vidinha...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

segunda-feira, dezembro 02, 2019

«O mundo é dos espertos, mas também dos outros...»


Todos aqueles que passam a vida a "descobrir a pólvora" deviam lembrar-se, de vez em quanto, que já andamos por cá há muito tempo, desde que "deixámos de ser macacos"...

É por isso que não lhes fazia mal nenhum, em respeitarem um pouco mais a "espécie humana".

Algés acolhe este ano uma coisa chamada "Capital do Natal", cujos preços de entrada estão ao nível de uma "Disneyland" ou "Isla Mágica". Segundo os testemunhos de quem por lá esteve (especialmente turistas espanhóis...), esta iniciativa não passa de uma fraude. Queixam-se de publicidade enganosa, pois não há neve, só existem três atracções, os animais não estão a ser tratados com o mínimo de dignidade, longas filas, comida péssima, casa de banho mal preparadas, etc.

Se é verdade tudo o que se diz (não estou a pensar passar por lá para me certificar...), espero que tenham o que merecem, quando fizerem as contas, depois do Natal...

Porque deviam lembrar-se, que, "o mundo é dos espertos, mas também dos outros..."

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

domingo, dezembro 01, 2019

Ilusões, Mentiras e Ficções


Provavelmente não existem comentadores perfeitos, sobre o quer que seja. E eles tanto podem ser políticos, jornalistas, historiadores ou outra coisa qualquer.

Quem está de fora até podia desejar que fossem mais livres e que tivessem uma agenda própria. Mas isso não existe (pelo menos no futebol e na política - só falta pedir-lhes que apareçam de cachecol e com a camisola do "clube"...).

Quando são convidados para "comentar", nas televisões ou jornais, a única coisa que se espera deles, é que não sejam independentes nem tenham ideias próprias (os produtores e moderadores dizem que é uma "chatice do caraças", além de ser perigoso, porque dá "cabo de qualquer guião"...).

Talvez esta seja a explicação para que ex-ministros "manhosos", como Marques Mendes ou Paulo Portas, tenham um espaço de opinião, dentro dos telejornais de domingo à noite, onde aproveitam o seu tempo de antena para tudo. Tanto "vendem peixe" como tratam de fazer alguns "ajustes de contas", antigos e modernos...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)