Sempre ouvi dizer que é um acto de nobreza e de dignidade, não bater em quem já se encontra no chão. Mas não é por isso que a expressão popular, "bater no céguinho", alguma vez deixou de ser um passatempo nacional (provavelmente mundial...). Há mesmo quem viva disso, como é o caso da maior parte da comunicação social...
Se no futebol o Benfica agora é o "bombo" de todas as festas, na política há muitos candidatos a "levarem mais que a burra do cigano", nestes dias após as eleições que ofereceram um "trono" ao Costa. É só escolher, da esquerda para a direita, ou da direita para a esquerda.
Como não sou um seguidor atento de programas com comentadores políticos, acabo por ser transportado para a realidade por programas como o antigo "Governo Sombra" ou ainda o "Isto é Gozar com Quem Trabalha", de uma forma mais leve, e até anedótica (é o que acontece no segundo programa, que acabei de ver).
Se já tinha assistido ao "aparecimento" do antigo líder do PAN pelos jornais (afinal parece que a sua saída não foi tão pacífica como nos quis fazer crer, ou então não achou muita piada ser substituído por uma mulher...), a criticar o partido de que faz parte e a sua líder, não fazia ideia que no CDS a vingança de vários deputados que "ficaram sem parlamento", tinha sido tão incisiva, contra o rapaz que demonstrou mais qualidades para "moço forcado" que para "cavaleiro" na "tourada" da política...
Os únicos derrotados que escaparam à fúria dos seus rivais foram Jerónimo de Sousa e Rui Rio. Se do primeiro não se conhecem adversários, do segundo, todos sabemos que eles "são mais que as mães". Talvez tenha sido a sua legitimidade, ganha nas eleições internas no partido, embora eu vá mais pelas sondagens (o "cheirinho" a vitória, mesmo muito ténue, colocaram a seu lado na última semana quase todos os seus "inimigos públicos" - só Passos Coelho fugiu à rua e à campanha...), para esta quase "unanimidade", mesmo na derrota (é só "violas no saco"...).
Só não estava à espera que aparecesse uma senhora loura a "culpar" o povo pelo mau resultado do PSD.
E como ela estava certa. A "vox populi" vingou-se tanto das sondagens como do número enganador de Rio como humorista.
(Fotografia de Luís Eme - Charneca de Caparica)