Quem conhece - mesmo quase só de relance - o Porto, sabe que as portistas são muito diferentes dos lisboetas, Há uma proximidade muito grande as pessoas, que nem mesmo este turismo de massas (que incide sobretudo sobre as duas nossas cidades maiores...) tem conseguido esbater.
O Carlos disse o óbvio que nos sítios onde se vive com mais dificuldade, as pessoas são mais unidas e mais solidárias. E o Porto ainda tem muitos bairros pobres onde o "turismo não entra" (talvez só a Rua Escura tenha perdido "qualidades" por estar no centro histórico do Porto e ter um casticismo único, mantendo as velhas tascas, muito apreciadas por quem vem de fora e se calhar até prostitutas em vãos de escada, impossíveis de descobrir por exemplo no Bairro Alto...).
O Paulo disse que o Porto não cresceu para os lados como Lisboa, nem nunca empurrou os habitantes no centro da cidade para as zonas suburbanas (as mudanças aconteceram de forma natural e não forçadas como em Lisboa...). Mesmo agora, em que começou a ser moda comprar prédios velhos para instalar alojamentos locais, houve sempre mais resistência das pessoas em deixarem as suas casas, ao contrário do que aconteceu por exemplo em Alfama, Castelo, Graça ou Bairro Alto.
Dissemos muitas mais coisas, evitando falar da violência dos "macacos" e dos "orelhas"... Embora acabasse por surgir à mesa outra violência, que também não pode ser silenciada. Nem tudo o que ficou do século XX e que parece permanecer mais vivo nestes bairros é positivo. A existência de cafés que continuam a ser tabernas, faz com que se beba de mais, que se viva o futebol como se fizesse parte integrante das vidas destas gentes e também que se bata com mais frequência, do que noutros sítios, nas mulheres...
Pois é, parece que "não há bela sem senão", nas coisas pequenas e grandes da vida...
(Fotografia de Luís Eme - Porto)
Boa tarde
ResponderEliminarAcabar imediatamente com as claques organizadas seria uma boa solução.
JR
Eu diria, profissionalizadas, Joaquim.
EliminarFazer o que o Sporting fez, cortar com os apoios que as transformaram em "empresas"...
Também acho que as claques de mitras não interessam nada !
ResponderEliminarTrabalhei alguns anos no Porto e só tenho a dizer o melhor daquelas gentes que sempre me receberam com muita amabilidade e solidariamente.
ResponderEliminarHá uma diferença entre "Portuenses" e "Portistas"!
E alguns portistas comportam-se como portuenses.
ResponderEliminarNão entendo essa divisão entre portistas e portuenses, parece que existem cidadãos da cidade do Porto de primeira e de segunda.
EliminarLuís, portistas são os arruaceiros, os fanáticos do futebol que todos já vimos como se portam (quando não ganham-nem é preciso perder) os outros são os portuenses gente sã, hospitaleira, simpática e amiga do seu amigo e que recebe como ninguém.
ResponderEliminarO Seve tem razão! O meu genro e respetivos pais são portuenses de gema e portistas de coração. Mas são pessoas afáveis, educadas, cultas, enfim, pessoas com quem gosto de estar e que prezo muito. Gostam do FCP, ok, não há mal nenhum nisso. Mas seriam incapazes de se meterem em zaragatas...jamais!
ResponderEliminarAcredito.
ResponderEliminarRealmente não se pode generalizar.
É isso mesmo, Severino. Deve haver muitos portistas que não têm nada a ver com os "doentes da bola e da tola".
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