Estava a arrumar as compras no porta-bagagens quando o homem, cuja idade andava entre os 70 e os 80 anos, se aproximou de mim. Continuei a fazer o que estava a fazer, mesmo quando ele passou a apenas dois metros e olhou para mim. Curiosamente, não parou nem disse uma palavra.
Quando se afastou, olhei-o com mais atenção. Andava calmamente e observava com olhos de ver os carros à sua volta, com a chave na mão. Foi quando percebi que devia estar à procura da sua viatura.
Aquele parque de estacionamento era relativamente pequeno (nem sequer tinha as letras e os números dos dos centros comerciais...), nem era daqueles que nos fazem andar perdidos, com vários pisos, se não fixarmos as cores e sinais.
De vez enquanto carregava no botão da chave, à procura de um sinal, de uma luz... Foi o que aconteceu, pouco tempo depois, numa das pontas do parque.
A vida (também) é isto. Vai-nos roubando frescura e faculdades, à medida que o tempo passa...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Ja me tem acontecido. : )
ResponderEliminarJá me aconteceu uma vez numa grande superfície comercial, estar à procura do carro, no piso errado, Catarina. :)
EliminarO truque é fixar sempre um ponto de referência. Até hoje, nunca me perdi num estacionamento..
ResponderEliminarSim, as cores e as letras são uma boa ajuda, Maria.
EliminarTambém vou passando por isso, às vezes só para saber se estou longe do dito cujo.😝
ResponderEliminarAbraço
O que eu achei mais curiosa foi a calma aparente do homem, Rosa.
EliminarTalvez ele se "perdesse" para se "achar". :)
Boa tarde
ResponderEliminarÉ mesmo isso " A vida é feita de pequenos nada "
JR
Sim, e nunca devemos dizer nunca, Joaquim.
Eliminar(pensava que nunca me iria acontecer trocar a gasolina por gasóleo e já me aconteceu...)
E o prejuízo que tiveste na oficina.....
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