quarta-feira, outubro 27, 2021

Os Orçamentos Domésticos e o Outro...


Nas ruas os orçamentos são diferentes, muito diferentes do de Estado. Tanto lhes dá como lhes deu que o do Estado chumbe (e chumbou mesmo...). As suas preocupações prendem-se sobretudo com o dinheiro que lhes foge das carteiras todos os dias, porque as reformas congeladas há mais de uma década, nada podem fazer contra a inflação... 

Para alguns, a sobrevivência é quase um milagre. Não compram uns sapatos ou umas calças há vários anos. O dinheiro que ganham é canalizado para a alimentação, para os medicamentos, e claro, para os netos... Não é uma coisa do outro mundo serem eles a pagarem a "mesada" aos seus meninos, porque os seus filhos travam a mesma luta diária, pela sobrevivência...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


8 comentários:

  1. Para os netos comprarem o último modelo tlm ? Ó Luís brinquemos ó quê...

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    1. Não tenhas muitas dúvidas, Severino.

      Claro que compram, e por isso não compram coisas para eles...

      As crises dos últimos quinze anos têm sido amortecidas pelas reformas e poupanças de pais e sogros. Não tem sido o Estado a sustentar as famílias desempregadas com as várias crises financeiras e agora com a pandemia.

      Claro que não estou a falar da pobreza extrema, de quem recebe o RSI, que é apenas um apoio. Os pobres além do RSI vão buscar alimentos a todos os sítios ondem podem...

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  2. Infelizmente só tenho um filho e dois netos mas procuro que o filho possa viver sem contar cada euro, embora ele seja muito responsável.
    O meu pai chamava à minha mãe a sua ministra das Finanças, confiava na sua gestão cegamente.
    De facto, ela fazia milagres com um baixo orçamento!

    Abraço

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    1. Tantas ministras das finanças que fazem "milagres", dia após dia, Rosa, neste nosso país...

      Deviam ensinar alguma coisa ao Leãozinho...

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  3. Bom dia
    Há uma coisa que me deixa um pouco pensativo, porquê tanta confusão para o apuramento do OE se quase nunca é realizado tal como é aprovado ? . É o que acontece com o nosso orçamento familiar.

    JR

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    1. Só que o deles, "como não é deles", permite sempre alguns excessos, Joaquim...

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  4. É importante falar disto!
    As reformas são mesmo muito injustas e penso que mal calculadas!
    Um reajuste é necessário.

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    1. As reformas e os ordenados, Micaela.

      E os patrões ainda acham que o ordenado mínimo é um exagero...

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