O filho de um amigo meu toca num banda e convidou-me (com bastante insistência) para estar presente no primeiro concerto a sério pós pandemia. A sua música até é do meu agrado, anda pelo jazz e pelo blues, sem fugir da zona do rock.
Só não estava à espera que fosse "impossível" entrar. Nem mesmo pela famosa "porta do cavalo" (havia uma fila enorme também para a porta mais pequena, para os amigos e familiares...).
O que me espantou mais foi a loucura daquela gente. Gritavam, barafustavam, saltavam para cima uns dos outros, apontavam o dedo, ameaçavam, etc. Afastei-me um bocado e fingi perceber o porquê daquela algazarra, com noventa e nove por cento daquela gente sem máscara. Até fui capaz de pensar que qualquer vírus, com dois dedos de testa, fugia dali a sete pés (pois é, só que a covid 19 é outra coisa, mais fina do que parece e nem sequer tem testa...).
E foi por isso que ontem até inventei uma saída airosa, de um filme, onde nem sequer entrei. Mas, sim, vim com o Pedro para baixo e dissemos aquelas coisas e outras muito piores.
Ficámos com a sensação de que as discotecas e bares com música ao vivo não vão estar abertos muito tempo, e não é por falta de álcool (há sempre reservas e mais reservas de bebidas que queimam quase todas as "células do bom senso"...). Aliás, basta ver e ouvir as notícias, com violência diária dentro das noites lisboetas e portistas, e até mortes...
Polícias? Vi dois. Mas estavam ainda mais afastados que eu. Não deviam gostar de ouvir gritos (quem é que gosta?).
São coisas que sempre existiram? Então fechamos os olhos e a vida continua. As morgues e as urgências dos hospitais também servem para estes "vírus"...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Bom dia
ResponderEliminarPois é amigo
Que Deus não te oiça.
JR
As pessoas ficaram mais parvas com a pandemia, Joaquim.
EliminarNão deve ter sido da vacina, porque os "negacionistas" são os "bateram" com a cabeça no chão de forma mais gravosa...
Lamentável!
ResponderEliminarAbraço
Acho que não consegui traduzir bem o que vi, Rosa.
EliminarFoi pior...
Eu sofro de agorafobia, nunca me meteria nesses assados!
ResponderEliminarTambém não me apanham nestas "caldeiradas", Tintinaite.:)
EliminarEstive sempre apenas como observador. E por pouco tempo.
Mas foi bom ver a "loucura" juvenil (embora alguns já tivessem mais de trinta anos...) das noites lisboetas.
Espero não perder a esperança na raça humana!
ResponderEliminarSonho com um mundo melhor.
Em relação aos polícias, penso que gostam mais das tarefas de operações de stop e marcar multas!
Eu já nem sei se tenho esperança em nós, Micaela...
EliminarClaro que também sonho, mas não vejo vontade de mudar. O clima é um bom exemplo, ninguém quer perder mordomias, em nome do bem estar de todos.
Em relação aos polícias, dois não podiam fazer nada, eram "engolidos" pela multidão...
Com as autoridades policiais (e não só) passou-se do oito para o oitenta.
ResponderEliminarCaro Luís devo dizer-te que o texto exprime muitíssimo bem o que sentiste pois eu consegui ver tudo o que escreveste.
Andamos todos chateados, Severino.
EliminarTalvez os polícias, os enfermeiros e os médicos ainda tenham mais razão para isso...