terça-feira, outubro 05, 2021

«Um homem é um homem e um bicho é um bicho»


A "notícia ao minuto" lida por um dos meus companheiros de café dentro do seu telemóvel não só interrompeu a conversa de circunstância que estávamos a ter, como serviu para falarmos à "italiana", como tanto gostamos. 

Ele disse-nos que quase 100 animais tinham sido retirados de um alojamento em Elvas, por viverem em condições que violavam as normas do bem estar dos animais, segundo divulgação do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas.

Houve logo alguém que falou do "excelente negócio" que eram os animais de companhia. Acrescentando que não devia existir um prédio em Portugal onde não morassem pelo menos um cão e um gato. A pandemia também foi "acusada", tal como a "esperteza humana", que aproveita todas as oportunidades de negócio.

O Carlos foi o mais crítico ao que estão a fazer aos animais, contrariando a sua humanização, assim como os partidos e as associações que defendem coisas que também violam o bem estar dos animais. Foi ainda mais cáustico, mesmo usando o humor: «Alguém perguntou aos cães se queriam usar alguma camisola para o frio ou gabardine para a chuva?», seguido de um palavrão.

Mas foi ainda mais longe, quando acrescentou que as pessoas estavam a esquecer-se de algo muito importante. Ficámos em silêncio à espera do que aí vinha, sem imaginar que era algo tão óbvio: «Um homem é um homem e um bicho é um bicho.»

(Fotografia de Luís Eme - Sobreda)


2 comentários:

  1. !00 homens num abrigo sem condições talvez também dessem nas vistas.
    Cá em casa há uma mulher e dois felinos! :)

    Abraço

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    1. Daria mais, Rosa.

      Mas é uma pena que os animais sejam "atracções de circo", perdendo muitas vezes a sua essência, por capricho dos humanos.

      E agora há ainda a praga do "negócio". O dinheiro tem o condão de dar cabo de tudo.

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