"Foi muito bom estar na vossa companhia. Ajudaram-me a que estes últimos tempos fossem menos dolorosos. Infelizmente, amanhã já cá não devo estar. Grato pela campanhia peço-vos que aceitem o conselho do grande Raúl Solnado e façam o favor de ser felizes".
Durante três dias fiz-me de morto, embora continuasse com o telemóvel ligado e com o e-mail activo. Curiosamente, ou talvez não, ninguém me ligou ou enviou qualquer e-mail. Limitaram-se a encher o meu facebook de mensagens de adeus, que foram partilhadas pelo mundo fora (provavelmente chegaram à China). Ou seja, a minha "morte encenada" foi praticamente uma festa. Nem sentiram curiosidade em saber se este "adeus", era mesmo um adeus. Ou o porquê... se foi doença ou uma daquelas complexas vontade de partir.»
Nota: este texto é uma ficção pura e dura, baseado apenas em conversas com alguns amigos "facebokianos", que não só acharam graça à "partida", como alimentaram esta minha ideia, com coisas ainda mais mirabolantes, que as que escrevi.
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Um teste muito interessante.
ResponderEliminarAbraço, saúde e boa semana
Nunca foi tão fácil fazer "o pino", Elvira. :)
EliminarNunca tanta gente teve tantos amigos...
ResponderEliminarMas longe da vista, Severino...
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